STJ absolve inocente preso por 2 anos após erros em reconhecimento fotográfico

19 de Maio 2022 - 12h47

Flávio Silva Santos, de 30 anos, ficou preso por 2 anos e meio após ser acusado de integrar um grupo de 10 criminosos envolvidos no assalto a um sítio na Região Metropolitana de São Paulo, em 2019.

Identificado na delegacia por uma foto de Facebook, ele acabou condenado a 13 anos de prisão. Posteriormente, no entanto, sua defesa conseguiu provar as irregularidades na identificação fotográfica conduzida na delegacia. E, na última segunda-feira (16/5), Santos foi solto após ser absolvido por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Não tinha porque estar pagando por um crime que não cometi. Acabei ficando preso por 2 anos e 6 meses. Foi um tempo que eu perdi da minha vida. Infelizmente, vai ser muito difícil agora conseguir restaurar minha vida”, disse Santos ao Metrópoles.

A advogada criminalista Flávia Guth acompanhou gratuitamente o trâmite do processo no STJ. “Esse é o caso mais absurdo que eu já vi em toda a minha vida. É um caso muito violento. Tiraram a vida dele”, destacou Flávia Guth.

“Acredito que teve um pouco de racismo e preconceito sim para me condenar. Isso é desumano. Não pode ficar reconhecendo a pessoa sem 100% de prova”, afirmou Santos, após reconquistar a liberdade.

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