Eu que acompanho a saga do Nogueirão desde Rosalba Ciarlini e sua maquete maravilhosa, fico abismado que as pessoas continuem depositando fé no que dizem os políticos, os da vez, no caso, agora, o prefeito Allyson Bezerra.
A nova promessa: cessão onerosa, com retorno ao município em 35 anos (mais que a Arena das Dunas).
Em troca uma arena para 15 mil pessoas, e assim como em Natal a exploração comercial livre.
Quer dizer, se sair, vamos ter mais uma casa de espetáculos e é quase impossível a utilização para jogos do nosso pobre e abandonado campeonato.
Sim, os custos vão ser iguais e impagáveis aos clubes, como aqui.
Vamos às promessas não cumpridas: o estádio foi "tomado" da LDM em 2021 e a primeira promessa de reestruturação física foi divulgada com alarde.
De lá para cá, derrocada.
Teve queda de torcedor, desabamento de teto sobre vestiário, sempre destinado ao Potiguar em 2023. E aí veio a promessa de edital para reformas via PPP. Nada feito.
Em 2024 foi interditado porque a prefeitura descumpriu o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) por uma simples obra de acessibilidade,
Absurdo!
Na sequência, a assustadora queda da marquise, com isso a segunda interdição, desta vez pela Defesa Civil. A cobertura tinha 20 anos e sem nenhuma reforma ou reparo.
E na campanha da reeleição, Allyson promete um novo estádio. E já na mensagem anual, em fevereiro, reeleito, anula a promessa.
A nova "bela perspectiva" de uma Arena Multiuso ele delegou ao vice, acho que com vergonha. Dá para acreditar?
Do blog
Não precisava nada disso. Uma prefeitura séria, com disposição real de resolver o problema, se pegaria com Governo do Estado, comércio e empresariado local e, juntos, promoveriam uma reforma ao estádio Nogueirão. Tenho certeza que essa reforma com urbanização tranformariam a área, o entorno, com uma bela praça e Mossoró voltaria a ter seu berço do futebol. Mas é muito mais fácil fazer promessas vazias ou viabilizar essas PPPs que transformam nossas praças de esportes em espaços para tudo, menos para o nosso futebol pobre. Arenas multiusos nababescas, com ingressos caríssimos e que acabam se tornando tão somente casas de shows e fábricas de dinheiro para os "donos" do espaço pelos 35 anos previstos. Os absurdos de sempre.
*Com informações da matéria especial do jornalista Marcos Santos, do Jornal DeFato