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Política

Barroso se despede da presidência do STF: “Viver é andar na corda bamba”

Despedida de Barroso da presidência do STF. Reprodução.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), valorizou o papel da Corte em sua última sessão como presidente da Corte nesta quinta-feira, 25, na defesa da Constituição Federal e da “democracia”. A informação é do O Antagonista.

Ele será sucedido pelo ministro Edson Fachin, que assumirá oficialmente a presidência do STF no próximo dia 29 de setembro.

“Tenho muito orgulho de ter divido com todos a aventura de defender a Constituição Federal, a democracia e a justiça nesse país complexo”, afirmou.

Barroso exaltou a importância da “pacificação” do país, mas ressaltou que isso não significa renunciar às próprias “convicções”.

“Nós estamos precisando viver um novo tempo de recomeço. Um tempo de esperanças no Brasil e conseguimos finalmente essa pacificação que todo mundo deseja. Pacificação não significa as pessoas abrirem mão de suas convicções, de seus pontos de vista, de sua ideologia. Pacificação tem a ver só com civilidade. Tem a ver com a capacidade de respeitar o outro na sua diferença .”

Metáfora do equilibrista

O ministro encerrou seu discurso com uma metáfora sobre a vida e a responsabilidade que acompanha a vida de presidente do STF.

“Viver é andar numa corda bamba. E a gente está sempre sujeito a errar. E a gente se equilibra, inclina um pouco pro lado, inclina pro outro e vai seguindo na corda bamba. Às vezes, quando tudo vai tudo muito bem, a plateia tem a impressão de que a gente tá voando.

E a vida é feita de algumas ilusões. Mas o equilibrista, que somos todos nós, a gente tem que saber que está se equilibrando. Porque se a gente passar a acredita que tá voando, a gente cai. E na vida real, não tem redes.”

No fim, Barroso foi aplaudido de pé pelos colegas de Suprema Corte e os demais presentes na sessão.

Fachin e Moraes

Fachin foi eleito, em escolha simbólica pelo plenário da Corte, o novo presidente do STF.

Ele é o atual vice-presidente do STF e, por critério de antiguidade, o ministro mais antigo que não presidiu o Supremo assume o cargo.

Fachin sucederá o ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo, que encerrará o mandato de dois anos.

“Quero expressar a confiança que é depositada em mim e no ministro Alexandre, a honra de integrar essa corte e a eleição como sabemos aqui tem um efeito simbólico, e é como uma corrida de revezamento. O bastão agora chegou aqui e o recebo com um sentido de missão e a consciência de que tenho um dever a cumprir”, disse o novo presidente da Corte.

O vice-presidente será o ministro Alexandre de Moraes.

Fachin e Moraes reeditam a dupla que comandou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na preparação das eleições de 2022.

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