O sistema prisional do Rio Grande do Norte volta a ser alvo de denúncias graves. Informações e imagens que circulam nas redes sociais apontam para supostas irregularidades dentro do Presídio Rogério Coutinho Madruga, o PV1 de Alcaçuz, que estariam sendo ignoradas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SEAP/RN).
Segundo relatos, apesar da existência de fotos que comprovariam a ocorrência de crimes, contravenções e faltas disciplinares cometidas por internos, a cúpula da SEAP nega que qualquer incidente tenha ocorrido na unidade. A alegação de que "nada aconteceu" tem sido contestada por servidores e pessoas ligadas ao sistema, que acusam a gestão de tentar "mascarar a verdade".
Além disso, fontes afirmam que até o momento não houve qualquer tipo de punição aos detentos envolvidos, o que gerou indignação entre os servidores penitenciários. “A cada dia que passa, o clima de descontrole se instala nas unidades prisionais do RN. Não existe um único local onde a SEAP não tenha falhado”, afirmou um servidor que preferiu não se identificar.
Outro ponto levantado diz respeito ao Grupo de Escolta Penal (GEP) de Caicó, que teria perdido sua única viatura para a equipe de Natal, comprometendo a logística de transporte de presos para audiências ou transferências. “O grupo ficou sem estrutura mínima e agora depende do deslocamento de equipes da capital para atender demandas simples no interior”, denunciou a mesma fonte.
As críticas também atingem diretamente membros da alta gestão da pasta. Segundo os relatos, apesar de problemas de saúde, a atual subsecretária permanece no cargo, o que tem sido interpretado por alguns como resistência em abrir espaço para mudanças na condução da secretaria.
A situação levanta uma pergunta recorrente entre os servidores penitenciários: até quando os muros das penitenciárias resistirão, se o controle interno já estaria comprometido?