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Cidades

Depoimentos mostram formas de investir na saúde mental

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Como faço para manter a saúde mental, principalmente durante a pandemia? Essa foi a pergunta feita a seis pessoas convidadas para dar seus depoimentos ao projeto Janeiro Branco na UFRN. Duas delas são Francisco Júnior, professor na área de dança e bailarino, e ainda Clarice Leão, formada em Educação Física pela UFRN, cujo vídeo foi divulgado nesta quinta-feira, 27, no Instagram do projeto de extensão.

Os dois primeiros depoimentos foram divulgados no vídeo disponibilizado no último sábado, 22, com a participação de Edeilson Matias e Ana Claudia Albano, que falaram sobre o que fazem para manter a saúde mental. Nesta sexta-feira, 28, será a vez de Maria do Livramento e Ivone Braga, ambas servidoras da UFRN, que participam com um texto, cada uma, sobre suas experiências para investir em saúde emocional. 

Edeilson Matias, que é professor de Educação Física e especialista em Consciência Corporal, trouxe como reflexão principal a necessidade de praticar uma respiração consciente. “A gente precisa estar centrado em nós mesmos, apesar do momento difícil que estamos passando. É preciso fazer atividade física procurando estar numa presença ao fazer o exercício, com atenção à respiração”, orienta. 

Outra tática usada pelo professor é procurar ter pensamentos positivos sobre o que quer, e o mundo que quer. Para ele, isso tem a força de transmutar e transmitir para as pessoas essa energia positiva, para que “a gente consiga atravessar esse momento conturbado em que vivemos de uma forma mais prazerosa”.

Já Ana Cláudia Albano Viana, que atua com artes cênicas, uma série de fatores foi primordial para manter a saúde mental. “Eu sinto que boa parte da minha saúde mental é nutrida com a minha experiência com a dança e com a expressão artística, e com todo um trabalho que eu desenvolvo com outras pessoas”, coloca.

Além disso, destaca a manutenção dos vínculos com a família, que não mora na mesma cidade que ela, e o contato com os amigos, que auxiliam nessa questão da saúde mental. Outro ponto citado é poder estar fazendo terapia individualizada e ainda praticar uma arte marcial. “É muito importante pois essas experiências já estavam acontecendo em minha vida mesmo antes do período pandêmico. Elas deram o suporte para que pudesse passar pelo período mais difícil do isolamento sem adoecer”, afirma.

No vídeo divulgado nesta quinta-feira, 27, quem respondeu a questão da campanha foi o bailarino Francisco Júnior. Ele pontuou que a pandemia provocou importantes mudanças em sua rotina diária. Como sempre foi uma pessoa que viveu muito fora de casa, precisou mudar as estratégias. “Eu encontrava muitos prazeres fora de casa, como sair para dançar, encontrar com amigos, ir a barzinhos e ao cinema, recorria a esses passeios para manter a minha saúde mental, para descansar da rotina de trabalho”, lembra.

Com a necessidade de manter o distanciamento social, ele precisou mudar os hábitos para investir em bem-estar mental. Uma das saídas foi trocar experiências com um grupo pequeno de amigos. Para ele, manter uma rede de afeto auxiliou a preservar a saúde mental. A outra estratégia foi fazer leituras e assistir séries e filmes. Ele já assistia antes algumas séries, o que se intensificou, ajudando a não deixar que “esse turbilhão de coisas que estava passando não afetasse negativamente a minha vida”.

Já Clarice Varela Leão relata, no vídeo, que procura fazer sua saúde mental voltada para a prática de atividades físicas, principalmente as que possibilitam o contato com a natureza. Para ela, a campanha Janeiro Branco é importante principalmente nesses tempos de pandemia, “em que todos nós ficamos abalados psicologicamente”. Através de relatos e da experiência profissional de cada convidado, destaca Clarice, tem-se dicas de como manter a saúde mental, o que ajuda muito a população em geral.

Sobre a campanha, Francisco Júnior disse que tem uma relação bem próxima ao Janeiro Branco, no sentido de consumir as atividades que são realizadas pelo projeto, principalmente nas redes sociais. “Eu acho de extrema importância essa sensibilização e conscientização sobre a saúde mental, para que a gente possa conhecer e acessar mecanismos que vão nos beneficiar. O projeto nos faz ver esses caminhos”, acrescenta.

Clarice Maria Varela Leão é graduada em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício e Nutrição Aplicada ao Desporto de Alto Rendimento. Atua como instrutora de esportes. Por sua vez, Francisco de Assis de Lima Júnior é formado em Dança pela UFRN, com mestrado em Artes Cênicas e, trabalha como professor do componente curricular Artes na rede de ensino na Prefeitura do Natal e no estado do RN. É bailarino, professor e criador em dança. Edeilson Matias da Silva é professor de Educação Física, especialista em Consciência Corporal e mestre em educação pela UFRN. Ana Cláudia Albano Viana tem mestrado em Artes Cênicas e doutorado em Educação pela UFRN.

A campanha Janeiro Branco na UFRN está em sua sétima edição, promovida por meio de um projeto de extensão fruto de uma parceria entre o Serviço de Psicologia Aplicada (Sepa), a Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor (DAS) da Progesp, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa) e do Instituto do Envelhecer (IEN). Com vídeos voltados para discutir a saúde mental e emocional, a campanha acontece até o dia 31 de janeiro, com publicações no Instagram do projeto.
 

UFRN

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