O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira (9), acima de R$ 6, com o mercado reagindo à guerra global de tarifas iniciada pelos Estados Unidos e intensificada com as retaliações chinesas. A informação é do G1.
Por volta das 14h10, a moeda americana era negociada a R$ 6,01. Mais cedo, porém, o dólar chegou à máxima de R$ 6,0961.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, inverteu o sinal e passou a operar em alta durante a tarde.
Nesta manhã, o Ministério das Finanças da China anunciou que vai impor tarifas de 84% sobre os produtos americanos — uma alta de 50 pontos percentuais sobre os 34% que já haviam sido impostos na semana passado.
Essa elevação das tarifas pela China é uma nova resposta aos EUA, depois que o presidente Donald Trump decidiu responder à primeira retaliação chinesa. (entenda mais detalhes abaixo)
Tarifaço de Trump: China pode desvalorizar a própria moeda para exportar, avalia Meirelles
Hoje, entraram em vigor as tarifas de 104% para a China cobradas pelos EUA. Além disso, também começaram a valer todas as tarifas recíprocas anunciadas por Trump na última semana, com taxas de 10% a 50%, sobre os mais de 180 países que o presidente afirma que têm déficits comerciais com os EUA ou dificultam o comércio americano.
A União Europeia também aprovou uma retaliação. O bloco de 27 países anunciou que vai aplicar tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15).
Os temores de que o mundo passe por uma guerra comercial mais profunda fez os mercados europeus voltarem a derreter nesta quarta.
Com as tarifas nas alturas, especialistas explicam que a inflação pode acelerar com força nas maiores economia do mundo e gerar uma forte redução no comércio internacional e no consumo da população — o que pode impactar o mundo todo e levar a um período de recessão econômica.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
💲Dólar
Às 14h09, o dólar subia 0,32%, cotado a R$ 6,0166. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 1,47%, cotada a R$ 5,9973.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,77% na semana;
ganho de 5,11% no mês; e
perda de 2,95% no ano.
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,41%, aos 124.445 pontos.
Na véspera, o índice teve baixa de 1,32%, aos 123.932 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 2,61% na semana;
recuo de 4,86% no mês; e
ganho de 3,03% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque do pregão desta quarta é, mais uma vez, o tarifaço dos Estados Unidos e as retaliações das nações afetadas.
- As tensões crescentes entre os países elevam as incertezas globais com o futuro da economia.
- Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação.
- Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional.
- Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global.