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Em 11 anos, 56 menores foram vítimas de desafios da internet

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A morte de Sarah Raíssa Pereira de Castro, de 8 anos, que não resistiu e teve morte cerebral confirmada dias após inalar gás desodorante aerossol por causa de um “desafio” que circula na plataforma TikTok, chamou a atenção para o tema. Dados do Instituto DimiCuida mostram que, de 2014 até 2025, foram registrados 56 casos de crianças ou adolescentes entre 7 e 18 anos que morreram ou ficaram severamente feridas no Brasil por conta de desafios da internet.

A noticia é do Metrópoles, escrita por José Augusto Limão. O instituto realizou um mapeamento em casos noticiados na imprensa ou famílias que procuram organizações da sociedade civil dedicadas à temática. Ao Metrópoles, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) confirmou os números.

De acordo com o Instituto DimiCuida, brincadeiras perigosas são vistas como práticas que tem como objetivo a busca de uma sensação de euforia e de relaxamento.

As brincadeiras abordam ainda outras formas de desafios propostas a jovens via internet e/ou entre amigos e grupos, vistas como seguras, sendo as mesmas de alto risco, agravadas pela falta de informação e conscientização das consequências.

O Instituto DimiCuida ainda separa em duas partes: jogos de não oxigenação e jogos de desafio e agressão. Jogos de não oxigenação: esses jogos consistem em cortar a passagem de ar para o cérebro, podendo provocar uma parada cardiorrespiratória. O objetivo é a busca de uma sensação de euforia ou relaxamento, que na verdade provocam a morte de neurônios na sua prática.

Jogos de desafio e agressão: as brincadeiras perigosas abordam ainda outras formas de desafios propostas a crianças e adolescentes via TIC’s (tecnologia de informação e comunicação) podendo envolver fogo, produtos de higiene ou limpeza.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) detalhou que Sarah Raíssa deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na quinta-feira (10/4), após ter inalado gás de desodorante. A menina teria sido influenciada por uma “trend” – algo que se tornou popular – do TikTok.

Sarah Raíssa chegou à unidade de saúde com uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada após uma hora de tentativas por parte da equipe de saúde.

Ela, no entanto, não respondeu mais aos estímulos e a morte cerebral confirmada nesse domingo (13/4). Agora, a PCDF investiga como a criança teve acesso ao “desafio”. O caso é apurado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).

Em setembro do ano passado, um menino de 12 anos sofreu uma parada cardíaca na Inglaterra ao tentar participar da mesma “brincadeira” com desodorante. Em 2018 e 2022, uma menina de sete anos de São Bernardo do Campo (SP) e um garoto de 10 anos em Belo Horizonte (MG) foram vítimas fatais da mesma corrente cruel nas plataformas digitais.

 

 

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