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Economia

Em meio a tarifaço, comércio entre Brasil e EUA bate recorde no 1º tri

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A corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos bateu recorde e chegou, pela primeira vez, à marca de US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de um ano. A matéria é de Gabriel Garcia da CNN.

Entre janeiro e março de 2025, o Brasil exportou US$ 9,7 bilhões para os EUA e importou US$ 10,3 bilhões, segundo relatório da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil).

O volume representa um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, a balança comercial brasileira com os Estados Unidos permaneceu deficitária.

As exportações da indústria brasileira atingiram US$ 7,8 bilhões – novo recorde para um primeiro trimestre -, elevando a participação dos EUA como destino das exportações industriais nacionais para 18,1%.

Seis dos dez principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA registraram crescimento, com destaque para:

Sucos (+74,4%)

Óleos combustíveis (+42,1%)

Café não torrado (+34%)

Aeronaves (+14,9%)

Semiacabados de ferro ou aço (+14,5%)

Pelo lado das importações, houve alta em oito dos dez principais produtos americanos comprados pelo Brasil. Entre os aumentos, estão:

Óleos brutos de petróleo (+78,3%)

Medicamentos (+42,4%)

Motores e máquinas não elétricos (+42,3%)

Outros produtos farmacêuticos (+29,1%)

Óleos combustíveis (+9,4%)

Aeronaves (+8,1%)

Apesar do fortalecimento da relação comercial, a Amcham alerta para um cenário de incerteza provocado pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos.

“Apesar do desempenho positivo no início do ano, as tarifas anunciadas pelos EUA – como a sobretaxa de 10% sobre exportações brasileiras em geral e as tarifas de 25% sobre aço, alumínio e autopeças – criam um ambiente de incerteza para o comércio bilateral ao longo de 2025”, afirma o relatório.

A relação superavitária dos EUA com o Brasil é justamente o ponto utilizado pelo governo brasileiro nas negociações sobre as tarifas.

O principal objetivo dos técnicos, neste momento, é deixar claro que o Brasil não representa risco nem ameaça comercial aos Estados Unidos.

A reversão das tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio é considerada a medida mais viável pelo governo – por isso, tem sido o principal foco das negociações neste momento. A abertura de cotas seria uma alternativa.

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