Após quase três meses de bloqueio total, Israel autorizou a entrada de uma quantidade mínima de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, pressionado por aliados ocidentais. A liberação, segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi motivada por questões diplomáticas, não humanitárias.
A situação no enclave é crítica. Cerca de 100 pessoas morrem por dia em ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde palestino. Desde 7 de outubro de 2023, quase 54 mil moradores foram mortos. Famílias lutam para sobreviver sem alimentos e medicamentos. “Coloco uma colher de amido de milho em água para minha filha, porque não há pão”, contou Teïma, moradora de Gaza, à RFI.
Os preços nos mercados são inviáveis: até € 40 (R$ 260) por um quilo de farinha infestada. Nesta sexta (23), novos bombardeios mataram 16 pessoas e feriram dezenas.
A guerra começou após um ataque do Hamas que deixou 1.218 mortos em Israel. Desde então, os bombardeios israelenses causaram mais de 53 mil mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados reconhecidos pela ONU.