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Política

Lula critica tarifas de Trump durante visita a Honduras

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9), que tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional. Em discurso durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, Lula alertou para o risco de novas disputas hegemônicas e pediu união entre os países da América Latina e do Caribe. A informação é do repórter Pedro Henrique Gomes, do g1.

A fala do presidente foi uma crítica direta à política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de importação a mais de 180 países, sob o argumento de que esses países “roubam” os EUA nas relações comerciais. Lula reiterou: “Guerras comerciais não têm vencedores”.

Desde o anúncio do tarifaço por Trump, na semana passada, a China e a União Europeia passaram a articular medidas de retaliação. México e Canadá, por sua vez, já vinham adotando ações semelhantes em semanas anteriores.

“Agora, nossa autonomia está novamente em cheque. Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região”, disse Lula. “Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores”, completou.

O encontro da Celac reúne representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, além de delegações de organismos internacionais e parceiros convidados pela presidência hondurenha. O bloco é considerado o único mecanismo de diálogo que abrange todos os países em desenvolvimento das Américas.

Lula também aproveitou a ocasião para defender a cooperação regional diante do cenário geopolítico atual. “Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão de superpotências. O momento exige que deixemos as nossas diferenças de lado”, afirmou.

Ao final do discurso, Lula defendeu a candidatura de uma mulher latino-americana ao cargo de secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “A Celac pode contribuir para resgatar a credibilidade da ONU elegendo a primeira mulher secretária-geral da organização”, declarou.

O mandato do atual secretário-geral da ONU, o português António Guterres, termina no ano que vem. Entre os nomes cotados para a sucessão estão Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile; Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados; e Rebeca Grynspan, ex-vice-presidente da Costa Rica.

A dificuldade para viabilizar a proposta brasileira está em encontrar um nome de consenso entre os países da região, marcados por diferentes posições políticas.

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