O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (12) o que chamou de “lenga-lenga” na questão da exploração de petróleo na Margem Equatorial do Amapá. Segundo o presidente, o órgão parece agir como se fosse contra o governo.
“Talvez essa semana ainda vá ter uma reunião da Casa Civil com o Ibama e nós precisamos autorizar a Petrobras faça pesquisa [na Margem Equatorial]. É isso que queremos. Se depois vamos explorar é outra discussão. O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, afirmou em entrevista a Rádio Diário FM, de Macapá, nesta manhã.
O presidente disse ainda que quer a exploração de petróleo na região, desde que antes seja feita uma pesquisa.
“Nós temos que pesquisar, ver se tem petróleo, ver a quantidade de petróleo. Porque muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e você não encontra o que imaginava encontrar”, disse.
Lula afirmou que a Petrobras é responsável e experiente e, em uma eventual extração de petróleo na Margem Equatorial, iria “cumprir todos os ritos” para evitar danos ambientais.
“Mas a gente não pode saber que tem uma riqueza embaixo de nós e não explorar, até porque dessa riqueza é que a gente vai ter dinheiro para construir a famosa e sonhada transição energética”, disse.
Conforme mostrou a CNN, o governo Lula prepara uma ofensiva em torno da defesa da exploração de petróleo na região conhecida como Margem Equatorial, na bacia da foz do Rio Amazonas.
O movimento é encabeçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e enfrenta resistência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Em 2023, o Ibama recusou a licença da Petrobras para explorar a região. Desde então, a petroleira atua para atender a uma série de requisitos ambientais do instituto.
A CNN questionou o Ibama sobre as declarações de Lula e aguarda retorno.
CNN