Filhos de Cristian Cravinhos e Elize Matsunaga, assim como a esposa de Alexandre Nardoni, lutam na Justiça para anular qualquer vínculo com os criminosos notórios. Essas pessoas buscaram a Justiça para retirar o “famoso” sobrenome de todos os documentos válidos.
O filho de 27 anos de Cristian Cravinhos, um dos assassinos dos pais de Suzane Von Richthofen, conseguiu retirar o nome do pai da certidão de nascimento e da carteira de identidade no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Jovem, assim como seu irmão, já haviam deixado o sobrenome de lado, por autorização da Justiça do Paraná.
“Não adianta nada não carregar o sobrenome, mas ter o nome inteiro do pai criminoso no campo da filiação”, descreveu, no processo. A informação é de Ullisses Campbell, do O Globo.
O rapaz informou que nunca teve relação social e afetiva com o pai, além de ter sofrido constrangimento por conta do sobrenome na escola e no trabalho. De acordo com o processo, Cristian teria tido contato com o filho apenas três vezes durante sua vida e cortado relações antes de ser preso. O pedido foi acatado por unanimidade.
“O genitor não apenas rompeu com a mãe, mas também abandonou completamente o filho, privando-o de qualquer apoio afetivo ou material, evidenciando a total quebra dos deveres parentais”, disse a ministra Nancy Andrighi, relatora da ação.
Anna Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos pela morte da enteada Isabella Nardoni. Logo que saiu da cadeia, em 2023, ela retirou o Nardoni, sobrenome do marido Alexandre. Os filhos deles também retiraram Nardoni da certidão.
Suzane Von Richthofen também alterou o nome após se casar com o médico Felipe Zecchini Diniz e hoje responde como Suzane Louise Magnani Muniz. Magnani vem da avó materna, enquanto Muniz foi herdado do companheiro. Em liberdade desde 2023, ela tem um filho.
Daniel Cravinhos, irmão de Cristian, foi outro que alterou o sobrenome e abandonou o Cravinhos. Ele se casou duas vezes e, nas duas oportunidades, aproveitou para mudar os documentos. Hoje, ele atende com Daniel Andrade.
Outro caso foi o da filha de Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o ex-marido, Marcos Matsunaga, em 2012. A jovem, hoje com 14 anos, mora com os avós, Mitsuo e Misako Matsunaga. Eles tentam, na Justiça, anular a maternidade da mulher e impedir que ela tenha qualquer vínculo com a adolescente. O processo está ativo na Vara da Infância e Juventude de São Paulo
Elieze, que retirou o nome de Marcos, luta na Justiça para impedir a ação dos avós da criança. “Minha cliente quer exercer o direito de ser mãe. Ela não cometeu nenhum crime contra a filha, sempre demonstrou afeto e tem plenas condições de cuidar da menina”, descreveu a advogada dela, Juliana Fincatti Santoro.
