Os pais Alessandro e Liliane revelaram que a sua gêmea siamesa Kiraz, partiu apenas nove dias após ter passado pela cirurgia de separação. Ela tinha somente um ano e seis meses. Kiraz e sua irmã Aruna eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia.
A noticia é de BRUNA STUPPIELO. A cirurgia de separação das gêmeas aconteceu no dia 10 de maio. O procedimento ocorreu em Goiânia no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HECAD). A cirurgia de separação contou com a participação de 16 especialistas e com uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais e durou 19 horas.
Infelizmente, agora a pequena Kiraz não resistiu e acabou partindo nesta segunda-feira (19). O Hospital emitiu uma nota revelando que o processo para confirmação da m0rte encefálica está em andamento. “O HECAD informa que está em andamento o protocolo de m0rte encefálica da paciente Kiraz, uma das gêmeas separadas no último dia 10 de maio”, diz a nota.
A nota então continua: “A confirmação do óbit0 só poderá ser feita após o encerramento do protocolo, por volta das 13:00, com realização de todos os exames clínicos e complementares necessários, conforme prevê a legislação vigente”.
Os pais confirmaram a partida da gêmea ao compartilharem uma foto dela e escreverem: “Descanse em paz filha”. O hospital também revelou como está o estado de saúde da outra gêmea, a menina Aruna.
O hospital explicou que o estado de Aruna segue grave. “O HECAD informa que a paciente Aruna, uma das gêmeas separadas em procedimento realizado no último dia 10 de maio, segue em estado grave, com evolução esperada para a fase atual do pós-operatório”.
A nota ainda diz: “A paciente permanece em sedação contínua, em uso de ventilação mecânica e sob dieta zero. Apresenta diurese espontânea e faz uso de dr0gas vasoativas para manutenção da estabilidade hemodinâmica. O HECAD reforma que a equipe multiprofissional segue acompanhando de forma contínua a evolução clínica da paciente”.
De acordo com o cirurgião-pediátrico Dr. Zacharias Calil, que acompanha as meninas há meses e participou da cirurgia, o caso delas ainda era complexo até mesmo entre os casos de gêmeos siameses.
Isto porque de acordo com o especialista, as gêmeas estavam unidas pelo osso ísquio, possuíam três pernas, compartilhavam a bacia, abdômen e tórax. Além disso, elas ainda compartilhavam diversos órgãos. Elas eram classificadas como esquiópagas triplas, caso ainda mais raro e complexo.
