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Brasil

PF apreende Ferrari, Porsche, Rolls-Royce, joias e outros itens de luxo em ação sobre fraude no INSS

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (23), uma operação nacional contra um esquema de descontos não autorizados realizados por sindicatos diretamente nos contracheques de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A investigação envolve suspeitas de corrupção, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Durante a ação, policiais federais apreenderam centenas de itens de luxo, incluindo dezenas de motos importadas e carros de alto padrão, como Ferrari, Porsche e Rolls-Royce. Em apenas um dos endereços, os veículos apreendidos somavam mais de R$ 15 milhões. Também foram encontrados mais de US$ 370 mil em espécie, além de obras de arte, relógios e bolsas que superam R$ 10 mil cada.

Ao todo, foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, sequestro de bens no valor de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária em 14 estados e no Distrito Federal. A operação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

Além das prisões e apreensões, a Justiça Federal determinou o afastamento de seis servidores públicos, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Também foram afastados:

Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão;

Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;

Jacimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios;

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, procurador-geral do INSS;

Um agente da PF lotado no aeroporto de Congonhas (SP), cujo nome não foi divulgado.

Cinco pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem, e uma continua foragida. Os suspeitos têm ligação com entidades associativas de Sergipe.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a operação revela a gravidade e o alcance do esquema: “Foi um tiro certo. O volume de bens apreendidos evidencia o quanto esse grupo lucrou às custas de pessoas vulneráveis.”

A investigação segue em andamento.

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