A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (29), a Operação Argos Panoptes para investigar a atuação de um grupo criminoso suspeito de utilizar um informante infiltrado no Iate Clube de Natal para monitorar e repassar informações sobre as saídas de fiscalização do Ibama, com o objetivo de proteger pescadores ilegais de eventuais abordagens.
A ação, que contou com a participação de oito policiais federais, cumpriu um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. Segundo a PF, o grupo teria formado uma associação criminosa voltada à exploração ilegal de recursos naturais, atuando para burlar o controle ambiental.
De acordo com as investigações, o informante observava a movimentação das equipes do Ibama no ancoradouro e repassava em tempo real aos pescadores quando os fiscais deixavam o local para realizar as ações de combate à pesca predatória.
O nome da operação faz referência à figura mitológica Argos Panoptes, um gigante de cem olhos que tudo via, mesmo durante o sono — símbolo da vigilância contínua exercida pelo suposto “olheiro”.
Os investigados poderão responder pelos crimes de extração ilegal de recursos naturais e associação criminosa, com base no artigo 153, §1º-A, do Código Penal, e artigo 69 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). As investigações continuam.