A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (20), Antônio Cláudio Alves Ferreira – homem que quebrou o relógio de Dom João VI durante os atos de 8 de janeiro de 2023. A informação foi confirmada pela CNN com fontes da corporação.
A notícia da CNN Brasil diz que, a prisão aconteceu na cidade de Catalão, no interior de Goiás, em cooperação com policiais militares e com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais. Também foi detido um parente de Antônio, que estava foragido da Justiça.
A medida acontece após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar na última quinta-feira (19) o retorno de Antônio para a detenção. O ministro afirmou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) atuou fora de sua competência, além de ter liberado o réu antes do que permite a lei.
“O réu é primário e foi condenado por crimes cometidos com violência e grave ameaça, de modo que a sua transferência para o regime semiaberto só poderia ser determinada -- e exclusivamente por esta Suprema Corte -- quando o preso tivesse cumprido ao menos 25% da pena”, disse o magistrado no mandado de prisão.
O ministro determinou ainda que a conduta do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro seja apurada pela autoridade policial do STF.
Relógio de Dom João VI
O relógio histórico de Balthazar Martinot foi um presente da Corte Francesa a Dom João VI. A peça rara faz parte do acervo da Presidência da República.
A relíquia foi destruída por Antônio, que foi filmado cometendo o ato, durante a invasão ao Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
O mecânico foi preso pela Polícia Federal no dia 23 de janeiro de 2023. Ele foi detido em Uberlândia e levado para a Delegacia da Polícia Federal. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão no ano passado.
Já no começo deste ano, o Palácio do Planalto informou que a peça foi restaurada após um processo de reparação na Suíça.