O mês de maio é marcado como o Mês Internacional da Masturbação, ou seja, é dedicado inteiramente à celebração do amor próprio. Quem pensa que a masturbação é só sobre deitar na cama na companhia de um vibrador ou se curtir no box do chuveiro, sem contexto político ou social, está bem enganado.
A notícia é da coluna Pouca Vergonha, do Metrópoles. A celebração teve origem há 30 anos, e foi ideia de um sex shop sediado em São Francisco, nos EUA, em resposta à demissão da então cirurgiã-geral de um grande hospital da região, Joycelyn Elders. A profissional sugeriu que a masturbação fosse incluída em programas de educação sexual para jovens em um discurso na conferência das Nações Unidas (ONU) sobre AIDS, em 1994.
Na ocasião, perguntaram a ela se seria apropriado promover a masturbação como meio de impedir que os jovens se envolvam em formas mais arriscadas de atividade sexual, e ela respondeu: “Quanto à pergunta específica em relação à masturbação, acho que é algo que faz parte da sexualidade humana e é parte de algo que talvez devesse ser ensinado. Mas nem sequer ensinamos aos nossos filhos o básico. E sinto que tentamos a ignorância por muito tempo e é hora de tentarmos a educação.”
Joycelyn Elders discursou em prol da masturbação em 1994 na ONU
Os comentários de Elders sobre masturbação causaram grande controvérsia em dezembro do mesmo ano e a médica foi forçada a renunciar ao cargo.
No ano seguinte, em 1995, o sex shop, conhecido por ser um dos primeiros espaços focados na sexualidade positiva, decidiu celebrar a médica, proclamando maio como o Mês da Masturbação (apelidado de Maysturbation, em inglês, uma junção de “maio” e “masturbação”).