O processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT), acusada de utilizar dinheiro público para custear uma festa de caráter político intitulada “Bolsonaro na Cadeia”, deve ter um desfecho apertado na Câmara Municipal de Natal.
Um levantamento exclusivo da 96 FM mostra que o voto do relator do caso, vereador Fúlvio Saulo, será decisivo para definir o futuro da petista. Afinal, até o momento, apenas Eliabe Marques, Leo Souza e Camila Araújo anunciaram apoio a cassação - pedida por Matheus Faustino, que não vota por ter denunciado o caso.
"Eu defendo a cassação, inclusive, queria ter apresentado a denúncia. Isso só não aconteceu porque Matheus Faustino a apresentou antes", contou Eliabe Marques, em contato com a redação da 96 FM - quando o Jornal das 6 foi ao ar, ele não tinha respondido.
Segundo apuração da 96 FM, o placar atual está da seguinte forma:
Não se manifestaram: Anne Lagartixa (presidente), Fúlvio Saulo (relator), Cláudio Custódio, Pedro Henrique e Tércio Tinoco.
Aguardam o relatório: Aldo Clemente, Daniel Santiago, Kleber Fernandes, Preto Aquino, Robson Carvalho e Irapoã Nóbrega.
Não foram localizados ou não responderam à reportagem: Ériko Jácome, Chagas Catarino, Cleiton, Daniel Rendal, Eribaldo, Herbert Sena, João Batista Torres, Luciano Nascimento, Tácio de Eudiane e Tony Henrique.
Declararam voto pela cassação: Subtenente Eliabe Marques, Leo Souza e Camila Araújo.
Declararam voto contrário à cassação: Daniel Valença, Samanda Alves e Thabatta Pimenta.
A vereadora Brisa Bracchi, por ser a alvo do processo, não participa da votação. Já o vereador Matheus Faustino, responsável pela denúncia, também fica impedido de votar.
Com o cenário indefinido e muitos vereadores preferindo o silêncio, o voto de Fúlvio Saulo tende a ser o fiel da balança. O relatório dele deve orientar a posição de boa parte dos parlamentares e determinar se Brisa Bracchi manterá o mandato ou será cassada.
Apesar das acusações amplamente divulgadas pela imprensa, a maioria dos vereadores preferiu não se posicionar publicamente. O argumento comum entre eles é de que aguardam o parecer do relator antes de firmar voto.