A decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de deixar o cargo até abril de 2026 abriu disputa dentro do governo Lula e do PT em torno da sucessão do atual chefe da equipe econômica. As informações são do Metropoles.
Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad disse já ter avisado ao presidente que deixará o ministério para ajudá-lo na campanha à reeleição, embora o PT queira o ministro como candidato em São Paulo.
Para substituí-lo, Haddad indicou seu número dois no ministério, Dario Durigan. Atual secretário-executivo da pasta, Durigan conhece o ministro desde que o assessorou na Prefeitura de São Paulo.
O nome de Durigan, entretanto, enfrenta resistência dentro do PT e entre ministros do Palácio do Planalto. A crítica é de que o atual número 2 da Fazenda não teria relação com o partido.
“Ele é um cheque em branco”, afirmou à coluna, sob reserva, um influente petista com acesso direto ao presidente Lula e a Haddad.
Lideranças do PT mencionam ainda a relação de Durigan com as big techs. Antes de assumir a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda, ele foi head de políticas públicas do WhatsApp no Brasil.
A avaliação no Planalto e de algumas lideranças do PT é de que Lula deveria nomear como sucessor de Haddad alguém mais próximo do partido, sobretudo por 2026 ser um ano eleitoral.