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Cidades

Tarifaço de Trump ameaça setor pesqueiro do RN, e empresários pedem socorro ao Estado

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TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

Foto: Magnus Nascimento

O setor de Pesca do Rio Grande do Norte é o mais afetado pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a manhã desta quinta-feira (31), o presidente do Sindicato da Indústria de Pesca do Estado (Sindipesca RN), Arimar Filho, e outras lideranças do setor estiveram em reunião na Federação das Indústrias para discutir estratégias que possam minimizar os dados causados ao setor. Entre as principais reivindicações da categoria, estão a isenção do ICMS que incide sobre o combustível dos barcos até o fim do ano e a suspensão de contratos de trabalho.

Nessa quarta-feira (30), quando o tarifaço ainda não havia sido oficialmente efetuado, algumas empresas mandaram parte da frota ao mar. Segundo relato de um empresário à Jovem Pan News Natal, que preferiu não ter o nome divulgado, dos seus dois barcos, somente um foi ao mar, enquanto outras empresas que tinham seis barcos mandaram somente dois. O temor é que, com a dificuldade de se vender para os Estados Unidos, os peixes fiquem “encalhados” nos estoques ou sejam comercializados por valores que não cubram os custos.

Atualmente, 80% da produção de atum do Rio Grande do Norte tem como destino os Estados Unidos e são mais de 250 milhões de reais movimentados pela atividade, anualmente, com mais de 2,5 mil empregos. Os pescadores podem ser os primeiros afetados, devido à possibilidade de que os barcos sequer sigam ao mar.

O empresário que teve contato com a reportagem da Jovem Pan News Natal explicou que o semblante dos profissionais está mudado e reflete a tensão. Boa parte dos pescadores são arrimos de família e estão com o sustento em xeque. Os contratos de trabalho dessas pessoas, inclusive, são um dos problemas que precisam ser equacionados pelos empresários.

De acordo com os produtores, as principais demandas iniciais ao Governo do Estado serão a isenção do ICMS que incide sobre o combustível dos barcos até o fim do ano. Além disso, eles também estão em contato com a Procuradoria do Trabalho buscando uma alternativa para a suspensão dos contratos temporariamente e, como contrapartida, a disponibilidade de cursos através do SENAI para os pescadores que não forem ao mar. Desde o anúncio do tarifaço, os empresários também estão gastando sola do sapato para ir até restaurantes e supermercados como forma de ampliar os mercados e escoar o pescado.

Com informações de Júlio Pinheiro, jornalista da Jovem Pan News Natal

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