Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Uma semana após a megaoperação policial que deixou 121 mortos, a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro autorizou, nesta terça-feira (4), que a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) do Ministério da Justiça e Segurança Pública faça a transferência de sete presos em presídios estaduais do Rio de Janeiro para o sistema penitenciário federal. A informação é da CNN.
O processo será encaminhado ao Juízo Federal competente para a adoção dos trâmites legais. Após a autorização judicial, a Polícia Penal Federal realizará as transferências.
Ainda não há definição sobre a unidade federal para a qual os presos serão destinados. Por razões de segurança, essas informações são divulgadas apenas após a conclusão das escoltas.
O governo do Rio chegou a solicitar dez novas vagas em penitenciárias federais.
A Senappen afirmou ainda que, em 2025, 12 novos presidiários do Rio de Janeiro foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal.
O Rio é atualmente o segundo maior em número de presos sob custódia judicial, totalizando 59 custodiados.
Doca segue foragido
O principal alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Edgar Alves de Andrade — conhecido como “Doca” ou “Urso” — permanece foragido.
Apontado pelas forças de segurança como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), Doca conseguiu escapar durante a ação policial. Segundo apuração do analista convidado da CNN Brasil Leandro Stoliar, a fuga contou com a proteção de cerca de 70 integrantes da facção, que formaram um cerco armado para garantir a saída do criminoso da região.
A polícia ainda não sabe o paradeiro dele. O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à localização do suspeito — o mesmo valor pago por informações sobre Fernandinho Beira-Mar quando ele fugiu para a Colômbia.
De acordo com o Ministério Público, Doca é apontado como o responsável por ordenar atos de tortura no Complexo da Penha. Ele é considerado um dos chefes do tráfico de drogas do Comando Vermelho e, atualmente, lideraria o comércio ilegal de entorpecentes no Morro do São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense.