Uma policial penal do Rio Grande do Norte denunciou, nesta semana, ter sido removida de sua unidade de trabalho em Ceará-Mirim para Mossoró sem ter sido previamente ouvida. Segundo ela, a decisão a transfere para um local distante cerca de 500 km de sua residência, causando impacto direto em sua rotina e em sua família.
A servidora afirma que não responde a nenhum Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e que existem imagens que comprovariam que ela não agiu fora da legalidade no episódio que teria motivado a remoção. “Estou sendo penalizada por algo que não fiz”, declarou.
De acordo com o relato, além da distância, a mudança de unidade agravaria condições já difíceis de deslocamento. A policial afirma que, atualmente, precisa sair de casa de madrugada e, por vezes, pegar carona com pessoas desconhecidas para conseguir chegar ao trabalho — situação que se tornaria ainda mais delicada com a transferência para Mossoró.
A servidora diz estar abalada psicologicamente, com dificuldades para dormir e se alimentar, e relata sentimento de desvalorização e desmotivação. “Estou perplexa com toda essa situação”, afirmou.
Ela também destaca que outros nove servidores estariam passando pelo mesmo procedimento, todos sem terem sido ouvidos previamente. Segundo a policial, o episódio envolve a denúncia de um preso que, segundo ela, “está sendo tratado como vítima”, apesar de responder por tentativa de feminicídio.
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