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Segurança

[VIDEO] EXCLUSIVO: Advogados presos davam ordens em facções e não trabalham só como "correios"

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Apesar de terem sido presos pela suspeitas de estarem repassando bilhetes de dentro para fora dos presídios do Rio Grande do Norte e, assim, ajudar na manutenção do poder de líderes da facções criminosas, as investigações contra eles apontou que tinha um poder e uma influência bem maior dentro da organização do crime. 

A informação foi apurada pelo Portal 96 com exclusividade por investigadores do Ministério Público do RN e da Polícia Civil. Com o desenrolar da apuração dos casos, é possível perceber que eles não tinham o papel de, exclusivamente, levar as mensagens dos líderes do tráfico, mas também davam ordens e ajudavam na tomada de decisões. 

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"Não eram só pombos correios. Eles tinham função e importância dentro do esquema criminoso", apontou um dos investigadores ouvidos pela reportagem, ressaltando que o conhecimento de trâmites jurídicos são "diferenciais" deles na hora de dar "aconselhamentos" a organização criminosa. 

Uma prova da importância dos "conselhos jurídicos", inclusive, foi divulgada na última semana, quando uma operação em Alcaçuz desbaratou um plano de fuga em massa dentro da unidade prisional. O plano, inclusive, teria tido participação ativa de um advogado preso no início do mês, quando o Ministério Público do RN deflagrou a Operação Carteiras 2. 

“Detectamos que havia uma comunicação de advogados com várias lideranças. Todo preso que o advogado falava, ele cometia uma falta disciplinar, então ele teria que ser transferido para aquela determinada cela, que era a do isolamento”, disse Pedro Florêncio, secretário da Seap.

Nas palavras de Pedro Florêncio, o plano era “engenhoso”. Essas faltas disciplinares de forma intencional (ofensas à policiais penais, desobediências a procedimentos, xingamentos e materiais inapropriados) fazia com que eles fossem enviados à uma cela específica, a do isolamento. Lá, começava-se o trabalho, com serragens das grades e ocultação do material no lixo fora da cela. Era de lá que eles fugiriam, utilizando-se de “teresas”, cordas formadas por lençóis torcidos.

Veja trecho da entrevista de Pedro Florêncio, divulgada no Metendo a Colher desta semana: 

OAB-RN ACOMPANHA

Sobre esse assunto, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) afirmou que "está acompanhando, desde o começo do ano, as operações realizadas contra advogados investigados por intermediar a comunicação com detentos nos presídios estaduais". 

"A OAB/RN zela pelas prerrogativas da advocacia, mas não compactua com nenhum envolvimento com atividades ilegais, que vão contra o Código de Ética da Advocacia e a Constituição Federal. A Ordem instaurou processos éticos-disciplinares para apurar as condutas", acrescentou a nota. 

Contudo, também em entrevista recente, o presidente da OAB, Aldo Medeiros, destacou que o que se sabe, ainda, é muito mais papel de "correios" do que função protagonista de advogados dentro de facções criminosas. Relembre

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