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Política

Votos do PT garantem voto secreto para barrar ações do STF contra parlamentares

Lindenbergh Farias | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Os votos do PT – partido do presidente Lula – foram fundamentais para garantir a aprovação da emenda aglutinativa que prevê a votação secreta na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Blindagem. A Proposta dá aval ao Congresso de barrar investigações em curso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do O Antagonista.

Como mostramos mais cedo, a emenda aglutinativa – instrumento regimental que permite uma modificação ampla em um projeto de lei ou PEC – recebeu 314 votos. Para que a emenda fosse aprovada, seriam necessários, no mínimo, 308 votos.

O PT, no entanto, contribuiu com oito votos, embora o líder do partido, Lindbergh Farias (RJ), tenha orientado contra a votação do texto. Lindbergh, inclusive, afirmou em plenário que iria acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação da emenda.

Nunca foi tão fácil ficar bem informado com O Antagonista

Votaram a favor da emenda não somente o vice-presidente do PT Jilmar Tatto como também os deputados Valmir Assunção (BA), Odair Cunha (MG), Paulo Guedes (MG), Dilvanda Faro (PA), João Daniel (SE), Alfredinho (SP) e Kiko Celeguim (SP).

Valmir Assunção, por exemplo, é ligado ao MST – Movimento Sem Terra; Odair Cunha foi alvo da Lava-Jato e respondeu inquérito por ter supostamente recebido 150 mil reais desviados da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Antes da votação da emenda aglutinativa, o vice-líder do governo Lula na Câmara Rubens Pereira Júnior (PT-MA) classificou a postura de petistas que votaram a favor da PEC da Blindagem como “parte do jogo parlamentar”.

“A gente está aqui em uma grande dificuldade de construir base parlamentar. O Congresso é conservador, de Direita, o governo eleito é de Centro-Esquerda. Então, na tentativa de garantir acordos para derrotar anistia, para aprovar as medidas do governo, é que esses deputados votaram (a favor). Eles têm o nosso respeito, mas faz parte do jogo parlamentar”, disse ele ao programa Meio-Dia em Brasília, de O Antagonista.

Na última noite, após a aprovação da PEC em segundo turno, o plenário havia aprovado um destaque que retirou a votação secreta. A emenda aglutinativa para incluí-la novamente no texto foi apresentada nesta quarta pelo relator da PEC, Cláudio Cajado (PP-BA), com o apoio de vários líderes.

Entre eles, o do PP, Dr. Luizinho (RJ), do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA), do Republicanos, Gilberto Abramo (MG), do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), da federação PSDB-Cidadania, Adolfo Viana (PSDB-BA), do Avante, Luis Tibé (MG), e do Podemos, Rodrigo Gambale (SP).

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