A Anvisa publicou, em 15/12, uma série de decisões que suspende a venda, distribuição, fabricação, divulgação e consumo de produtos falsificados ou irregulares em todo o país, incluindo itens que alegavam propriedades terapêuticas proibidas, como o chamado “Mounjaro natural” e suplementos que prometiam tratar candidíase. A agência determinou que consumidores interrompam o uso e que plataformas retirem os produtos dos estoques, destacando risco sanitário quando há promessas terapêuticas sem comprovação.
Entre as suspensões estão:
• Todos os lotes do medicamento clandestino Seiva Real, que anunciava o “Mounjaro natural”;
• Todos os lotes de produtos da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos;
• O produto clandestino “Ex Magrinha; Ex Magro(a)”, de origem desconhecida;
• Todos os itens da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais;
• Todos os lotes do suplemento Candfemm, que alegava conter probióticos contra candidíase;
• O lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos, não reconhecido pelo fabricante original.
Segundo a Anvisa, o “Mounjaro natural” circulava nas redes como alternativa à caneta emagrecedora usada para diabetes e obesidade, mas não tem registro nem autorização sanitária. O “Ex Magrinha; Ex Magro(a)”, vendido como suplemento, se enquadra como medicamento falso e também foi proibido em toda a cadeia.
No caso da Pharmacêutica Nutracêuticos, foi identificada falta de regularização e presença de substâncias não autorizadas. A R.T.K teve a linha suspensa após falhas graves em boas práticas de fabricação.
A Anvisa ainda apurou que o Supra Ômega 3 proibido era vendido pela Shopee e apresentava rotulagem diferente da original, o que levantou suspeita de falsificação.
O Candfemm também não possui registro e divulgava promessas vetadas, como “eliminar a candidíase” e benefícios vaginais e intestinais — alegações não permitidas para suplementos.