Representantes do setor produtivo do Rio Grande do Norte participaram, nesta sexta-feira (1º), de uma reunião na Governadoria para discutir ações que minimizem os impactos do aumento das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos exportados pelo estado.
Entre as medidas anunciadas está a ampliação dos benefícios fiscais no ICMS para as empresas beneficiárias do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi), além da liberação de créditos acumulados para as exportadoras afetadas pela medida.
O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, destacou a relevância das iniciativas, mas apontou que as soluções precisam considerar as diferenças entre as empresas. Ele também sugeriu a ampliação dos incentivos fiscais para o combustível de embarcações, contemplando toda a cadeia da pesca, inclusive os pescadores artesanais.
“O olhar precisa ser amplo, incluindo até os estados vizinhos para evitar distorções na competitividade. Muitas empresas terão que buscar o mercado interno para compensar as perdas”, ressaltou. O dirigente também expressou esperança em um diálogo diplomático capaz de reverter a situação, beneficiando setores importantes do RN, como a pesca, o sal e as balas.
A governadora Fatima Bezerra repudiou a medida adotada pelos EUA, classificando-a como um ataque às empresas e empregos locais. Ela informou que, além da ampliação dos incentivos fiscais, o governo pretende implementar políticas para abrir novos mercados de exportação, com foco em países da Ásia e América Latina.
Entre as estratégias previstas estão o mapeamento das barreiras tarifárias e não tarifárias nos EUA, capacitação técnica dos exportadores potiguares para atender padrões internacionais, estímulo a acordos comerciais bilaterais e apoio para reposicionamento dos produtos em cadeias globais de valor.
O secretário estadual da Fazenda Carlos Eduardo Xavier, destacou que o objetivo das medidas é proteger os empregos gerados pelas empresas exportadoras. Ele garantiu que serão liberados créditos acumulados de ICMS e ampliado o percentual de benefício do Proedi para as empresas mais impactadas.
A reunião também contou com a presença de representantes dos setores salineiro e pesqueiro, que reforçaram a necessidade de ações efetivas para amenizar os prejuízos causados pela tarifa dos EUA.