Argentina enfrenta risco crescente de epidemia de dengue

08 de Abril 2024 - 17h18

Os mosquitos estão aparecendo mais cedo na Argentina e atingindo regiões mais frias, à medida que o aumento das temperaturas impulsiona o pior surto de dengue do país e eleva o risco de epidemias mais regulares do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, disseram os cientistas.

Até agora, na temporada 2023/24, a Argentina registrou 232.996 casos da doença, também conhecida como “febre quebra ossos” devido às fortes dores musculares e articulares que pode causar, além de febre alta, dor de cabeça, vômitos e erupções cutâneas.

Esse número é bem superior ao recorde histórico anterior de 130.000, registrado na última temporada, e cinco vezes maior do que o número registrado no mesmo período do ano passado, segundo os últimos dados oficiais. Os casos geralmente aumentam no final do verão, por volta de março e abril, mas começaram muito antes nesta temporada.

“O aumento do número de mosquitos no final da primavera está cada vez mais precoce”, disse Sylvia Fischer, doutora em ciências biológicas e pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet).

Os cientistas estão vendo a doença mais do que antes em regiões mais frias, mais ao sul da Argentina, acrescentou Fischer.

Na Argentina, o surto deste ano sobrecarregou os hospitais e deixou as prateleiras vazias de repelentes de insetos, com os vendedores aumentando os preços quando têm estoque. O governo está facilitando as importações de spray contra mosquitos para atender à demanda.

“A doença se espalhou tremendamente e realmente achamos que o próximo ano será muito difícil porque haverá muitos segundos episódios de dengue.”,disse Leda Guzzi, médica infectologista. 

CNN

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