Caixa vai distribuir parte do lucro recorde do FGTS a trabalhadores até o final de agosto

17 de julho 2024 - 16h01

A Caixa Econômica Federal será o banco responsável pela distribuição, aos trabalhadores com carteira assinada, de parte do lucro histórico de R$ 23,4 bilhões registrado pelo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O Conselho Curador do FGTS definirá no início do mês que vem quanto vai para a classe trabalhadora, e o dinheiro cai na conta até 31 de agosto.

O resultado positivo do FGTS em 2023 representa um aumento de 93% sobre o montante de R$ 12,1 bilhões registrados em 2022.

A arrecadação do FGTS está intimamente relacionada ao mercado de trabalho formal, já que, quanto maior a quantidade de brasileiros com carteira assinada, mais recursos entram no fundo.

No ano passado, o fundo liberou R$ 142,3 bilhões em saques aos trabalhadores, alta de 12,6% em relação a 2022. Esse dinheiro foi usado para pagar a rescisão do contrato de trabalho (43,49%); saque-aniversário (26,79%); habitação (16,26%); e aposentadoria (9,26%).

O dinheiro só pode ser resgatado segundo as regras de saque do FGTS, como em caso de demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria ou doença grave.

O valor que o trabalhador receberá do lucro recorde do FGTS será proporcional ao saldo existente na conta em 31 de dezembro de 2023.

Por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a distribuição de lucros passou a fazer parte do cálculo de correção do fundo. Com a soma da TR (Taxa de Referência), mais 3% ao ano, o total dessa conta deve garantir a correção equivalente ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país.

No ano passado, o repasse do lucro foi de R$ 12,7 bilhões para 217 milhões de contas vinculadas ao fundo. Em 2022, o lucro distribuído foi de R$ 13,2 bilhões, 99% do total, para 106,7 milhões de trabalhadores.

R7

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