Equador explica ausência de pivô de polêmica em lista final da Copa: "Risco de novas punições"

15 de Novembro 2022 - 12h04

Jogador Byron Castillo, da seleção do Equador

Foto: FRANKLIN JACOME/AFP

A situação do atleta está sob imbróglio judicial no Tribunal Arbitral Esportivo, após denúncia do Chile, e quase deixou o Equador fora da disputa no Catar. Não houve sanções a Castillo, mas a seleção perdeu três pontos para as Eliminatórias de 2026.

A Federação classificou a situação como "dolorosa" e teceu duras críticas às decisões do TAS. No posicionamento publicado, afirma que o órgão semeia dúvidas sobre o passaporte de Byron que podem "colocar em risco" o avanço da seleção nesta Copa do Mundo e "comprometer sua participação na próxima edição". A FEF ainda diz que esgotará recursos para "reparar essa injustiça".

A Federação do Equador publicou, na manhã desta terça-feira, um comunicado oficial para explicar o "corte" de Byron Castillo da convocação para a Copa do Mundo no Catar. Trata-se do primeiro posicionamento da entidade sobre o caso, e a ausência do lateral-direito terminou sendo justificada por "risco de novas injustas punições". (Veja posicionamento no fim).

Veja o posicionamento completo da federação:

Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa.

Para ninguém tem sido fácil o processo que como instituição temos tido que atravessar, e muito menos para nosso jogador, que é parte desta família que chamamos La Tri.

Todos os fatos relacionados com o caso foram conhecidos pelos juízes equatorianos, que em quatro oportunidades deram a razão ao jogador, sendo eles as únicas autoridades competentes em nosso país para dirimir essa controvérsia. Cada um dos atos da FEF foram realizados respeitando precisamente o que nosso sistema jurídico dispõe, obedecendo as decisões das autoridades judiciais e administrativas, as que como Federação estamos obrigados a acatar, mas quando estão em jogo direitos fundamentais do jogador.

Incompreensivelmente, a mesma decisão do CAS - que reconhece a elegibilidade do jogador - semeia, de forma ilegítima, dúvidas sobre o conteúdo de seu passaporte que podem colocar em risco, não só o avanço da seleção nesta Copa do Mundo, como até mesmo comprometer sua participação na próxima edição, sob a sanções que, sem fundamento jurídico algum, foram impostas a FEF.

Embora hoje nossa atenção esteja no Mundial do Catar, nosso compromisso é esgotar todos os recursos que o direito nos conceder para demonstrar nosso procedimento correto e reparar essa injustiça e dolorosa situação, seja qual for o foro em que devamos fazê-lo.

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