Mais de 175 mil pessoas moram em favelas no RN; Natal concentra 72% das comunidades

08 de Novembro 2024 - 15h21

Mais de 175 mil potiguares moram em favelas, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (8). Ao todo, o estado tem 101 comunidades. 73 delas estão concentradas em Natal.

A noticia é do portal G1 RN. Além da capital, as favelas potiguares estão em Mossoró (12), São Gonçalo do Amarante (9), Parnamirim (6) e Extremoz (1). Entre esses municípios, Mossoró é o único que não está na região metropolitana de Natal.

Somente na capital, 146 mil pessoas moram em favelas - o número representa 19% da população da cidade. Segundo o IBGE, a maior comunidade é a Jardim Progresso. As 10 maiores concentrações urbanas do tipo, no estado, estão em Natal.

10 maiores favelas no Rio Grande do Norte, segundo o IBGE

-Jardim Progresso - 20.061

-Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) Vila de Ponta Negra - 9.877 pessoas

-Mãe Luiza - 9.426 pessoas

-Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) Rocas - 8.832 pessoas

-Aliança - 7.170 pessoas

-Pompéia - 6.745 pessoas

-Jardim Primavera - 4.365 pessoas

-África - 4.358 pessoas

-Alto Guarapes - 3.825 pessoas

-Condomínio Village de Prata - 3.655 pessoas

A taxa de alfabetização dos potiguares residentes nessas localidades é de 41,2% para os homens e 47,3% para as mulheres - indíces abaixo dos nacionais (44,3% para os homens e 48,9% para mulheres).

A maioria dos analfabetos estão concentrados nas faixas etárias a partir dos 65 anos. Nas favelas do potiguares, a taxa de analfabetismo é de 11,49%, acima da média do Nordeste (9,56%) e da nacional (6,76%). Em Mossoró, o índice foi o maior ainda: 15,17%.

Quando o assunto é moradia, a maior parte da população das favelas do Rio Grande do Norte mora em casas. São 49.999 imóveis desse tipo, além de 4.519 casas de vila ou condomínio, 5.402 apartamentos, 174 habitações em casa de cômodos ou cortiço e 32 estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas.

Segundo o IBGE, 450 residências não contavam com água canalizada, 45 não contavam com banheiro ou vaso sanitário e 1.186 queimavam, enterravam ou jogavam lixo em terrenos e encostas por falta de coleta.

Ao todo, 18.770 domicílios em favelas do estado (31,22%) apresentavam condições inadequadas de esgoto, segundo o IBGE.

Segundo o IBGE, a principal característica das favelas é predominância de domicílios com diferentes níveis de insegurança jurídica quanto à posse; carência ou precariedade de serviços públicos fornecidos pelas autoridades; construções e infraestrutura produzidas de forma independente e que seguem padrões distintos dos normativos oficiais e, em alguns casos, localização em áreas onde a ocupação é limitada por leis ambientais ou urbanísticas, ou em zonas urbanas consideradas de risco ambiental.

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