PT sai em defesa de Padilha e diz que Lira “compromete liturgia” do cargo que ocupa

12 de Abril 2024 - 18h05

O PT saiu em defesa do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em nota divulgada nesta sexta-feira (12), após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamá-lo de “desafeto pessoal” e “incompetente”.

Prestando “irrestrita solidariedade” ao filiado Padilha, o PT disse que, ao atacar o ministro, Lira “compromete a liturgia do cargo de presidente da Câmara Federal e ofende a harmonia entre os Poderes da República”.

As declarações de Lira ocorreram em agenda aberta no Paraná na quinta-feira (11), um dia depois de a Câmara dos Deputados aprovar, por margem estreita, a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco, em 2018.

Ao ser perguntado sobre se teria se irritado com o posicionamento de Padilha diante da votação – segundo a âncora da CNN Raquel Landim, o ministro passou a quarta-feira (10) em contato com parlamentares para garantir que a base do governo votaria pela manutenção da prisão de Brazão –, Lira disparou contra o governo.

“Foi do governo e, basicamente, do ministro Padilha (que teriam partido relatos de que ele estaria insatisfeito com a articulação), que é um desafeto, além de pessoal, incompetente”, afirmou. “Depois, quando o parlamento reage, acham ruim”, acrescentou.

A votação sobre a situação de Brazão reacendeu a disputa entre Lira e Padilha, que não dialogam mais desde o final do ano passado. Segundo fontes ouvidas pela âncora Raquel Landim, o presidente da Câmara operou “duramente” pela derrubada da prisão do deputado.

Após as críticas de Lira, Padilha publicou nas redes sociais um vídeo em que recebe elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma cerimônia.

“Sinceramente, eu não vou descer a este nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse: ‘meu filho, se um não quer, dois não brigam’”, afirmou Padilha. “Sei que todo mundo ali (no Congresso) quer ser feliz e manter os bons resultados para o país que foram feitos de 2023”, continuou.

CNN

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