A Polícia Federal identificou três brasileiros como responsáveis por hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no aeroporto de Roma.
Quem são eles?
Os suspeitos de agressão são Roberto Mantovani Filho, Andrea Munarão, e Alex Zanatta Bignotto. Segundo a Folha de S. Paulo, Mantovani e Munarão são casados, enquanto Zanatta é genro de Mantovani.
Mantovani e Zanatta são empresários em Santa Bárbara D'Oeste (SP). O primeiro uma fazenda de gado e uma loja de bombas hidráulicas no município, enquanto o genro é corretor de imóveis.
Em 2004, Mantovani concorreu ao cargo de prefeito de Santa Bárbara D'Oeste pelo PL, mas não foi eleito. Depois disso, não disputou mais eleições, mas em 2020 doou R$ 15 mil a campanhas do PSD, partido ao qual é filiado hoje.
O que aconteceu?
O ministro foi hostilizado por volta das 18h45 no horário local. Segundo a PF (Polícia Federal), a mulher identificada como Andréia teria sido a primeira a dirigir a palavra ao ministro, e os outros dois teriam o abordado em seguida.
Segundo a PF, Andréia chamou o ministro de "bandido, comunista e comprado". Na sequência, Mantovani teria reforçado os xingamentos e chegado a agredir fisicamente o filho do ministro, de acordo com a PF.
A famíla embarcou normalmente após a agressão, mas foi abordada por agentes da PF em Guarulhos, ao pousar no Brasil. A PF abriu neste sábado (15) um inquérito para apurar o caso.
O caso provocou manifestações de solidariedade de várias autoridades. A maioria foram ministros e parlamentares da base governista, mas nomes como o senador Sergio Moro (União-PR) também repudiaram a agressão.
Mantovani disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que viu o ministro, mas negou ter dirigido "palavra a ele". Afirmou que aguarda um comunicado oficial de acusação para dar mais detalhes de sua versão.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado