Secretaria de Saúde responde "entidades médicas" e afirma que críticas são "interesses particulares"

09 de Novembro 2021 - 10h01

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) publicou uma nota nesta terça-feira (9) em que criticava "entidades profissionais médicas" após cobranças à pasta sobre a morte de um homem que não recebeu atendimento no Hospital Walfredo Gurgel.

De acordo com a Sesap, o posicionamento sobre essa ocasião dessas entidades é marcado por "interesses particularistas" e ignora o trabalho da Secretaria junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na nota, a pasta cita diversas ações realizadas, tanto durante a pandemia, quanto por outras causas.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vem a público contestar o posicionamento de entidades profissionais médicas que atribuem todos os problemas do SUS no âmbito estadual à atual gestão da Sesap e a responsabilidade do atual governo do Estado, omitindo as responsabilidades dos outros entes, desconsiderando a herança e o passivo de dívidas e problemas herdado de governos anteriores e a agudização do subfinanciamento federal do SUS desde a edição da PEC de congelamento dos gastos sociais que tem sobrecarregado estados e municípios no custeio de ações e serviços. 

Essa visão, marcada por interesses particularistas, desconhece o esforço empreendido pela atual gestão da Sesap em reestruturar o SUS no RN e o sucesso alcançado no enfrentamento da maior crise sanitária dos últimos 100 anos, quando mais de 14 mil vidas foram salvas na rede pública mediante a estruturação de mais 800 leitos nas diversas regiões de Saúde do estado. Ainda no enfrentamento à pandemia respondemos as demandas por testagem, através dos laboratórios de Saúde Pública do Estado, e conduzimos com sucesso, e em parceria com os municípios, as ações de vigilância e a campanha de vacinação contra a Covid-19. Inovamos na cooperação com entidades acadêmicas e de pesquisa desenvolvendo em parcerias com o LAIS um conjunto de aplicativos sistemas que facilitaram trouxeram inovação para a gestão, como o Regula RN e o RN+ Vacina, sistemas esses que estão sendo adotados por outros estados. 

Nesses quase três anos, o Governo voltou a cumprir o percentual mínimo de 12% para investimentos em saúde, atualizou o pagamento dos servidores, convocou mais de 1.500 concursados e durante a pandemia contratou cerca de 2 mil trabalhadores temporários. Avançou na adequação dos hospitais regionais instalando novos equipamentos de suporte e de diagnóstico, como tomógrafos, ultrassons e novos equipamentos de raio-X e equipou as portas de urgência e emergência de cinco hospitais regionais (São Paulo do Potengi, Santo Antônio, Pau dos Ferros, João Câmara e Caicó) que hoje contam com salas vermelhas e amarelas. 

Instalou 50 novos leitos de UTI nos hospitais Tarcísio Maia (Mossoró), João Machado (Natal) e Alfredo Mesquita (Macaíba), além dos leitos de UTI materna no Hospital Santa Catarina. Antes a mulher no seu ciclo gravídico puerperal não tinha acesso a leitos de UTI, agora nessa gestão passou a ter. Todo esse investimento regionalizado faz com que hoje a resolutividade em cada uma das regiões de saúde seja muitas vezes maior do que o era em todos os governos anteriores, reverberando na vida daqueles que moram no interior do estado e também na região metropolitana.

Em breve será entregue o maior hospital do estado, o Hospital da Mulher, obra orçada em mais de R$ 100 milhoes e que trará grande qualificação para a linha de cuidado materno infantil.

Essa gestão incorporou o Hospital da Polícia ao SUS, que assumiu a atenção, antes prestada no Hospital Ruy Pereira, e hoje assegura atenção cirúrgica nas áreas vascular, urológica, cirurgia geral e ortopédica, além de leitos de UTI geral e neonatal.

Esta gestão instalou a mesa de negociação permanente do SUS, viabilizando importantes conquistas para os trabalhadores da Saúde, como a atualização das progressões no Plano de Cargos e Salários. No campo da valorização foi criada a Escola de Saúde Pública e a Rede Potiguar de Educação Permanente, que em parceria com as Universidades Públicas do Estado têm ampliado a oferta de capacitação dos profissionais do SUS no RN. 

No processo de reestruturação do SUS e no fortalecimento da regionalização estamos implantando, em parceria com os municípios, os Consórcios Regionais Interfederativos em Saúde e as Policlínicas Regionais, para atender as demandas da atenção ambulatorial especializada nas regiões de saúde. Esse é um outro passo de grande importância  no fortalecimento da regionalização da saúde com a capacidade de resolver cada vez mais o acesso aos serviços sem depender da capital.

A Sesap está em fase de implementação do programa estadual de cirurgias eletivas com ofertas em todas as regiões, o que não havia acontecido em nenhuma gestão anterior. A meta é a realização de até 1500 cirurgias/mês, com vistas a reduzir as filas e o tempo de espera que se arrastam há muitos anos. A atual gestão recebeu uma fila com 18 mil cirurgias represadas e está priorizando orçamento para que ela seja diminuída cada vez mais. 

A Sesap reconhece as dificuldades e eventuais falhas, muitas fruto de problemas que há anos vêm assolando a saúde pública potiguar e brasileira, e trabalha diuturnamente para sanar todas essas questões, mantendo a disposição para um diálogo transparente em prol de melhorias para o povo potiguar. E, ao mesmo tempo, lamenta que casos pontuais sejam utilizados politicamente de forma a tentar macular uma equipe séria, transparente e comprometida com a boa gestão do SUS. 

Ratifica ainda que os princípios basilares do SUS e da vida são os que norteiam as práticas de quem fazem a gestão da Sesap, cada dia mais comprometidos com o propósito de levar o direito a quem não tem, saúde para quem sofre e políticas públicas inclusivas para nos aproximarmos cada vez de um mundo mais justo e equânime.

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