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Política

Após isolar Irã, Brics faz gesto e condena ataques de EUA e Israel

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A declaração final de líderes do Brics "condena" os ataques militares dos Estados Unidos e de Israel a alvos no Irã, em uma linguagem sutilmente acima de nota conjunta divulgada pelo grupo, mas muito aquém dos termos desejados pela delegação iraniana e provocaram impasse nas vésperas do encontro.

"Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, que constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e expressamos profunda preocupação com a subsequente escalada da situação de segurança no Oriente Médio", diz um trecho da declaração final, obtido pela CNN.

Trata-se de um aceno ao Irã, incorporado como membro do Brics em 2023, representado no Rio de Janeiro pelo chanceler Abbas Araghchi. O presidente Masoud Pezeshkian não veio à cúpula.

Na sexta-feira (4), em meio às dificuldades para fechar a declaração final dos líderes, os iranianos queriam até evitar citações a Israel e se referiam ao país como "regime sionista" — falar em Israel seria um reconhecimento implícito do Estado judaico, algo que o Irã se recusa a fazer.

A delegação iraniana desejava o uso de uma linguagem bem mais dura e incisiva do que a nota divulgada pelo Brics em 24 de junho. Nas negociações, porém, acabou isolada e precisou ceder aos termos apoiados pela maioria.

Para amenizar o desconforto iraniano, os países-membros elevaram discretamente o tom usado naquela nota, que manifestava "profunda preocupação" e não "condenava" as ações militares.

Na sutileza da linguagem diplomática, é um gesto dos negociadores — embora imperceptível para quase todo o público. Não há menção explícita a Estados Unidos e Israel.

O trecho da declaração final obtido pela CNN acrescenta: "Expressamos ainda profunda preocupação com os ataques deliberados contra infraestruturas civis e instalações nucleares pacíficas sob plena salvaguarda da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em violação ao direito internacional e às resoluções pertinentes da AIEA".

"As salvaguardas, a segurança e a proteção nucleares devem ser sempre mantidas, inclusive em conflitos armados, para proteger as pessoas e o meio ambiente de danos".

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