Um dos médicos de Jair Bolsonaro, Cláudio Birolini informou que o ex-presidente vai passar o Réveillon internado no hospital onde, nesta segunda-feira (29), foi submetido a mais um procedimento em Brasília. A informação é do R7.
A intervenção para conter as crises de soluço foi finalizada sem intercorrências. O procedimento de bloqueio anestésico do nervo frênico não é cirúrgico e repete o realizado no sábado (27), quando o bloqueio foi feito do lado direito.
De acordo com Birolini, o ex-chefe do Executivo deve ter alta médica no dia 1º, se tudo ocorrer como o previsto. Ainda segundo o médico, os resultados e possíveis complicações só poderão ser observados nas próximas 48 horas.
Bolsonaro ainda terá de fazer uma nova endoscopia digestiva alta, possivelmente nesta terça ou quarta-feira. O ex-presidente também refez um exame para estudo de apneia do sono, que mostrou uma apneia severa, com cerca de 50 episódios por hora, e deve precisar de equipamento para atenuar a situação nos próximos dias.
Três frentes
Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda, o cardiologista Brasil Caiado explicou que o tratamento do ex-presidente foi dividido em três partes: o fracionamento da alimentação, o cuidado com a medicação e a intervenção de bloqueio do nervo.
“Ele respondeu relativamente bem a todas essas formas, mas não obtivemos o resultado desejado. Com a dieta, ele melhorou. Com a medicação, também. E acrescenta-se a isso o bloqueio do nervo. É sempre um tratamento multifatorial”, detalhou o médico.
Na quinta-feira (25), após a cirurgia na hérnia inguinal bilateral, os médicos informaram que fariam ajustes na alimentação e na medicação para tentar conter os soluços.
Na noite de sábado, mesmo após a primeira parte da intervenção, Bolsonaro voltou a ter crise de soluços, além de apresentar elevação da pressão arterial, segundo o boletim médico de domingo (28).
Atualmente, o ex-presidente cumpre pena na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele foi preso no último 22 de novembro após ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.