A manhã do segundo dia da sessão do júri popular do caso Zaira foi dedicada à oitiva de duas testemunhas de defesa e ao início dos depoimentos dos peritos designados no processo. Ao todo, são três peritos e dois assistentes técnicos. Com informações do portal da Tropical.
O primeiro já foi ouvido pela manhã e a previsão é de que os outros dois peritos e os assistentes técnicos sejam ouvidos ainda na tarde desta terça-feira.
Os peritos são criticados pela defesa do réu Pedro Inácio Araújo. "Uma pessoa morre asfixiada, ela deve apresentar sinais de asfixia e isso é biológico. A Zaira não apresentava esses sinais. Por mais que o equívoco da perícia inicial oficial, é verdade, tenha apontado, isso não aconteceu. E, aqui em Natal, não é novidade os problemas do órgão oficial, isso é conhecido por todos. O órgão oficial tem sérios problemas de estrutura", afirmou o advogado Jader Marques.
No segundo dia de julgamento, o réu chegou ao Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova, às 7h09, acompanhado por policiais militares da Companhia Independente de Policiamento de Guarda. Uma imagem exclusiva da TV Tropical mostra que Pedro Inácio está com um visual bem diferente de quando foi preso. Mais magro, ele vestia uma camisa social azul clara.
O caso
Zaira Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, no sábado de Carnaval, no município de Caicó. O policial militar Pedro Inácio Araújo é acusado de estuprar e matar a vítima.
Inicialmente, o processo tramitou na 3ª Vara da Comarca de Caicó, mas a defesa solicitou e obteve o desaforamento para Natal, alegando dúvidas sobre a imparcialidade do júri na região do Seridó, devido à repercussão do caso.