O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta em traições na direita para aprovar no Senado Federal a indicação de Jorge Messias ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A noticia é do portal CNN. A avaliação do presidente se baseia em conversas com integrantes tanto da Suprema Corte como da Casa Legislativa.
O petista foi informado que o advogado-geral da União recebeu sinalizações de endosso no campo conservador; e que uma movimentação de bastidor do ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro (PL) à Suprema Corte, pode virar votos nas bancadas federais do PL e do Republicanos.
Messias teria um almoço nesta terça-feira (2) com a bancada de oposição, mas o encontro foi cancelado devido a uma repercussão negativa. Ainda assim, o indicado se reunirá pessoalmente com senadores de direita durante a semana.
Pelos cálculos do Palácio do Planalto, mesmo com eventuais votos contrários do União Brasil e do PSD, Messias teria hoje uma vantagem apertada para ser aprovado no plenário do Senado Federal.
Para aumentar a vantagem, Lula entrou pessoalmente na negociação e tem estimulado bancadas federais a anunciar apoio a Messias, na tentativa de criar um clima de vitória que estimule traições durante a votação secreta.
A avaliação do presidente é de que, diante de um quadro de vitória certa, as traições costumam ser mais frequentes, já que os senadores não querem se indispor com um ministro da Suprema Corte.
Por isso, o presidente quer aguardar um diagnóstico mais preciso para se reunir com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O objetivo é não ceder a eventuais chantagens diante de uma narrativa de derrota.
Hoje, o governo petista trabalha por um placar no plenário do Senado Federal de 52 votos a favor, mesmo resultado atingido pelo ministro Edson Fachin em 2015, durante o governo Dilma Rousseff. Fachin também enfrentava forte resistência na Casa Legislativa.
Política
Com ajuda de Mendonça, Lula acredita em traições em votação de Messias
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