Por Hellen Jambor – Jornalista da 96 FM
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pode enfrentar dificuldades para manter serviços básicos até o fim do ano. O motivo é a limitação de gastos imposta pelo governo federal, que restringe parte do orçamento das universidades federais até novembro.
A medida está prevista no Decreto 12.448/2025, que determina o repasse de recursos em 18 parcelas, com liberação total apenas em dezembro — se houver verba disponível.
De acordo com estudantes da UFRN, que divulgaram um vídeo nas redes sociais, a universidade pode não conseguir pagar contas de energia, água, contratos de terceirização e bolsas estudantis. Eles convocaram um ato para o dia 29 de maio, em protesto ao que chamam de “apagão da educação federal”.
A situação tem chamado atenção por outro motivo: a ausência de manifestações públicas por parte de políticos potiguares do Partido dos Trabalhadores (PT), que segundo a apuração da 96FM, em 2022, fizeram duras críticas a medidas semelhantes adotadas no governo anterior.
O que disseram os parlamentares em 2022
O deputado federal Fernando Mineiro escreveu na rede social X (antigo Twitter):
A deputada federal Natália Bonavides também se manifestou em diversas ocasiões:
O deputado estadual Francisco do PT também se posicionou em diversas postagens:
Até o momento, nenhum dos três parlamentares citados acima e nem a governadora Fátima Bezerra, os deputados estaduais Divaneide Brasílio, Isolda Dantas e os vereadores Brisa, Daniel Valença e Samanda comentaram publicamente os cortes realizados pelo governo Lula.
Servidores também protestaram
Além dos estudantes, os servidores técnico-administrativos da UFRN e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) fizeram uma paralisação de 72 horas nesta semana. A mobilização, organizada pelo Sintest-RN, cobrou o cumprimento de acordos firmados com o governo federal após a greve de 2024 e defendeu a valorização da categoria.
