A deputada republicana Marjorie Taylor Greene anunciou, na noite dessa sexta-feira (21), que vai renunciar ao cargo a partir de 5 janeiro de 2026. A congressista da Geórgia, que rompeu com o presidente Donald Trump, disse que o Poder Legislativo foi “marginalizado”. Com informações do Metrópoles.
Em vídeo, a deputada disse que “sempre foi desprezada em Washington, D.C., e simplesmente nunca se encaixou”. Trump comemorou e disse que a renúncia de Greene é uma “ótima notícia para o país”.
Greene era uma apoiadora ferrenha do presidente dos EUA. A relação dos dois azedou de vez após a deputada apoiar a divulgação dos arquivos do caso Epstein. Como resposta, Trump a chamou de “maluca” e “traidora” e afirmou que apoiaria o candidato adversário dela nas próximas eleições.
“Lutei mais do que quase qualquer outro republicano eleito para eleger Donald Trump e os republicanos ao poder. Em todo esse tempo, nunca mudei de ideia nem voltei atrás em minhas promessas de campanha. ‘América Primeiro’ deve significar ‘América Primeiro e Americanos Primeiro’, sem que nenhum outro país estrangeiro jamais seja associado ao lema em nossos corredores do governo”, afirmou a congressista em vídeo.
O caso Epstein foi apenas o estopim do conflito entre os dois. Marjorie acusou Trump de dar muita atenção aos assuntos externos e ignorar o crescente custo de vida nos EUA. Ela também era crítica à operação militar de Israel em Gaza.
“Se eu for descartado pela MAGA Inc. e substituído por neoconservadores, grandes empresas farmacêuticas, grandes empresas de tecnologia, o complexo militar-industrial-bélico, líderes estrangeiros e a elite de doadores que nem sequer consegue se identificar com os americanos comuns, então muitos americanos comuns também foram descartados e substituídos”, disse Greene.
No vídeo, Greene disse que enfrenta “ataques pessoais intermináveis, ameaças de morte, processos judiciais, calúnias ridículas e mentiras a meu respeito, que a maioria das pessoas jamais conseguiria suportar nem por um dia”.