Durante a sessão plenária desta terça-feira (22), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do RN para questionar a concessão de asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, pelo governo federal. Ao mesmo tempo, voltou a defender a anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro.
Azevedo classificou como “urgente” a operação que trouxe Heredia ao Brasil em avião da Força Aérea Brasileira, mesmo após sua condenação por corrupção no país de origem. Em sua fala, o deputado relembrou delações da Operação Lava Jato que envolvem o casal Heredia e Ollanta Humala, ex-presidente do Peru, em acordos com políticos e empresários brasileiros. O parlamentar questionou o argumento de “questões humanitárias” usado pelo Itamaraty para justificar o asilo.
Ao comparar o caso ao tratamento dado a brasileiros presos após os atos de 8 de janeiro, Azevedo apontou um possível desequilíbrio. “Por que, diante de um argumento humanitário, acolhe-se uma condenada estrangeira, enquanto brasileiros com histórico limpo seguem presos por atos sem violência armada comprovada?”, questionou.
O deputado também citou a Lei da Anistia de 1979, lembrando que ela beneficiou integrantes da esquerda envolvidos em ações como sequestros e assaltos durante o regime militar. Para ele, há dois pesos e duas medidas.
