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Política

Em oitiva na CCJ, Zambelli questiona hacker e o acusa de mentir

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A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) questionou e divergiu nesta quarta-feira (10) de declarações do hacker Walter Delgatti Netto, durante oitiva da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O depoimento faz parte da análise do processo de cassação da congressista.

A noticia é do portal CNN. Delagatti foi indicado como testemunha pela própria defesa de Zambelli por ter sido condenado junto com a deputada no caso de invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ambos estão presos e participaram de forma virtual da reunião.

A oitiva teve tom de acareação. Presa na Itália, Zambelli pôde fazer perguntas a Delgatti, que participou por videoconferência de uma sala no presídio de Tremembé. Inicialmente, apenas Delgatti seria ouvido, mas o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, solicitou autorização para que ela também participasse.

No depoimento, Delgatti afirmou ter ficado hospedado em um apartamento de Zambelli por cerca de 20 dias. A congressista, no entanto, discordou e afirmou que a visita do hacker durou "apenas algumas horas".

Depois de a deputada chamar Delgatti de “mitomaníaco” e destacar que ele seria diagnosticado com TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), o presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), interveio e pediu que as perguntas fossem objetivas e sem “adjetivações” à testemunha.

Delgatti discordou da deputada. Na oitiva, ele disse ter invadido o sistema do CNJ a pedido de Zambelli, mas se arrependeu. Segundo ele, a deputada teria lhe garantido que, em caso de eventuais problemas após a invasão, ela assumiria a responsabilidade do ocorrido. A congressista também teria prometido um emprego a ele, mas isso não ocorreu.

Durante o depoimento de Delgatti, deputados governistas questionaram o tom de acareação entre a deputada e o hacker. Os advogados da deputada pediram a acareação anteriormente, mas o pedido não foi acatado por ausência de previsão regimental.

Zambelli está fora do país desde o fim de maio, quando anunciou ter deixado o Brasil após a sua condenação.

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