O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (13) que a elevada carga de isenções fiscais concedidas a diversos setores do país deveria ser uma das prioridades no debate público.
A noticia é de RAFAELA SOARES. “Está pesado carregar isso, e esse peso acaba sendo dividido por todos nós”, declarou o parlamentar durante o 14º Lide Investment Forum, em Nova York. Segundo ele, o governo deixa de arrecadar mais de R$ 650 bilhões devido a acordos de isenção concedidos a diferentes setores da economia.
Para Motta, a responsabilidade fiscal deve ser prioridade, e o país “não pode ignorar a responsabilidade que tem com os gastos públicos”. Ele lembrou que “o Congresso Nacional apoiou, nos últimos dois anos, todas as medidas para aumentar a arrecadação”, mas que agora há uma “agenda de esgotamento” nesse sentido.
Ele também destacou que o crescimento econômico observado nos últimos anos tem sido fortemente impulsionado pelo consumo — algo que, em sua visão, não seria o ideal como motor da economia.
Ainda sobre arrecadação, Motta defendeu que o aprimoramento da máquina pública deve estar no centro das discussões, com foco em tornar o Estado mais “eficiente, enxuto e de qualidade”.