O corpo de Jorge Avalo, o ”Jorginho”, foi encontrado, na manhã dessa terça-feira (23/4), pelo cunhado, na região do Pantanal entre Miranda (MS) e Aquidauana (MS). No exato momento do achado, o homem revelou que Deus lhe indicou o local onde os restos mortais do caseiro devorado por uma onça estavam.
”Graças a Deus. Deus falou para mim: ‘Vai lá naquele capão, lá’. Tinha certeza que o meu cunhado iria estar aqui”, desabafou o parente com a voz trêmula e chorosa. No momento do encontro, era possível ouvir barulho de facões cortando a vegetação para ampliar a visão do corpo.
''Vixe, ficou só...[os restos]'', exclamou o cunhado a ver o corpo de Jorginho. Um outro homem lamenta: ''comeram tudo ele!''.
Em outro trecho, o familiar chora copiosamente e dá a entender que a irmã dele não poderia ver o corpo naquela situação.
Segundo a Polícia Militar Ambiental, os primeiros indícios do ataque da onça a Jorginho reforçam hipóteses diversas hipóteses, entre elas a falta de presas naturais – como capivaras e catetos –, o que pode estar levando grandes felinos a se aproximarem de áreas habitadas em busca de alimento.
A corporação também avalia outras possibilidades, como uma reação defensiva da onça diante de alguma atitude involuntária da vítima, ou ainda o aumento de agressividade durante o período reprodutivo da espécie.
''A investigação segue em andamento, mas há fortes indícios de que a escassez de alimento esteja interferindo diretamente no comportamento dos grandes predadores da região'', informou um porta-voz da PMA. As informações foram do Metropoles.