A leoa Leona, que atacou e matou um jovem de 19 anos após ele invadir seu recinto, no Parque Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa (PB), no domingo (30/11), já tem data para voltar à jaula. Segundo informou o zoológico, nesta quarta-feira (3/12), o felino deve retornar ao espaço original até esta sexta-feira (5/12). A informação é do Metrópoles.
Confira:
“Leona amanheceu melhor, mais tranquila e respondendo bem aos cuidados. Seguimos acompanhando tudo de pertinho, todos os dias, com muito carinho e atenção. Se ela continuar evoluindo assim, até sexta já deve estar de volta ao recinto”, divulgou o perfil oficial do zoo no Instagram.
A leoa está afastada do público desde o ataque registrado na manhã de domingo, quando Gerson de Melo Machado, o “Vaqueirinho”, escalou uma parede de mais de 6 metros, ultrapassou grades de proteção e usou uma árvore como apoio para entrar no local onde o animal ficava.
O parque estava aberto para visitação, e o momento foi filmado por pessoas que estavam no zoológico. Veja no vídeo acima.
Segundo o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), Gerson morreu em decorrência de choque hemorrágico provocado por ferimentos perfurantes e contundentes no pescoço. A prefeitura informou que o jovem tinha transtornos mentais e lamentou o ocorrido.
Leoa demonstrou alto nível de estresse após episódio
Após o ataque, Leona demonstrou alto nível de estresse, mas respondeu aos comandos dos tratadores e foi contida sem o uso de tranquilizantes. Veterinários, biólogos e zootecnistas acompanham a recuperação do animal. O parque garantiu que não existe a possibilidade de sacrifício, reforçando que a reação da leoa foi instintiva diante da invasão.
Nascida em 2006 no próprio zoológico , Leona é filha de Darah e Sadam e sempre viveu no zoológico. Ela já conviveu com outro leão, que morreu meses depois, e desde então permanece sozinha no recinto. Há três anos, outra leoa chegou a ser transferida para João Pessoa, mas não houve integração entre as duas.
As atividades da Bica foram suspensas após o incidente, e o espaço segue fechado ao público. A Prefeitura de João Pessoa abriu investigação para apurar falhas e reforçar os protocolos de segurança. O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) também solicitou esclarecimentos e informou que criará uma comissão técnica para avaliar a estrutura do local.