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Política

Lewandowski interrompe reunião na Câmara depois de tentar explicar a frase 'a polícia prende mal'

Foto: Deborah Sena

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, começou sua participação na Comissão de Segurança Pública da Câmara nesta terça-feira (29), com a tentativa de explicar a declaração de que "a polícia prende mal". Segundo ele, a fala tratava das audiências de custódia e das dificuldades enfrentadas pelo Judiciário no momento da apresentação dos presos. A notícia é da repórter Deborah Sena, da Revista Oeste.

“O preso em flagrante, levado pela polícia, nem sempre é apresentado ao juiz com todos os seus antecedentes”, disse o ministro à Comissão de Segurança nesta terça-feira. “O que eu disse foi o seguinte: os juízes, as juízas são mães, são pais, são avós. Eles jamais colocariam presos de alta periculosidade nas ruas.”

Ele foi chamado à comissão justamente pela repercussão negativa da declaração. Integrantes do colegiado e de categorias policiais, como os delegados da Polícia Federal, reagiram imediatamente. A associação dos delegados da PF divulgou uma nota de repúdio. Diante da repercussão negativa, Lewandowski tentou minimizar o impacto e alega que a frase foi mal interpretada.

 

Compromisso ou fuga de Lewandowski ?

Apesar do compromisso firmado com parlamentares da comissão para oitiva em tempo integral, Lewandowski interrompeu, exatamente às 12h36, a audiência na Câmara para participar de um almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

O encontro marcado com a frente empresarial causou estranhamento. O deputado Alberto Fraga (PL-DF) criticou a escolha: “A Frente da Segurança Pública não foi chamada para nenhum evento com o ministério. Ficou estranho.”

Parlamentares temem que o ministro só retorne à Câmara no fim do dia, próximo ao início da ordem do dia no plenário, quando a Casa começa a deliberar. O receio é de que assim, o debate na comissão seja esvaziado. O retorno, no entanto, ficou agendado para às 14h.

Durante a sessão, deputados da oposição cogitaram pedir a convocação formal do ministro, que compareceu à Câmara como convidado. O principal requerimento apresentado para esse fim é de autoria do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Outros sete parlamentares também pedem o comparecimento obrigatório de Lewandowski.

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