O presidente do Brasil, Lula, avaliou a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como "franca e construtiva". Segundo o petista, ficou combinado com o norte-americano que as equipes dos dois países vão se reunir imediatamente para avançar em soluções para tarifas e sanções contra as autoridades brasileiras.
O Governo dos Estados Unidos impôs a perda de vistos aos ministros do Supremo Tribunal Federal e aplicou a lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes. Lula já havia antecipado esta semana que trataria do tema no encontro com Trump - veja no vídeo abaixo:
"Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras", afirmou o presidente do Brasil.
AUTORIDADES SANCIONADAS PELOS ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos ampliaram a lista de sanções contra autoridades brasileiras, aplicando a Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e aos filhos do casal. As medidas incluem bloqueio de bens e restrições econômicas, sob alegações de “prisões arbitrárias” e “restrições à liberdade de expressão”. O Departamento do Tesouro norte-americano também incluiu na sanção a empresa LEX – Institutos de Estudos Jurídicos, da qual Viviane é sócia, juntamente com os filhos. Moraes, relator das ações que levaram à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido o principal alvo das retaliações do governo americano.
Além das sanções à família de Moraes, o advogado-geral da União, Jorge Messias, teve o visto de entrada nos Estados Unidos revogado. Segundo fontes do governo norte-americano, a medida está relacionada à postura do Brasil diante das recentes tensões diplomáticas entre os dois países. Messias afirmou que a decisão é “injusta” e “incompatível com a relação harmoniosa entre as nações”, mas disse receber o ato “sem receios”, reafirmando seu compromisso com a independência do Judiciário brasileiro.
Outros nomes ligados ao ministro Moraes também foram atingidos. O ministro do STJ, Benedito Gonçalves, que relatou no TSE as ações que tornaram Bolsonaro inelegível, teve o visto cancelado. O mesmo ocorreu com Rafael Rocha, juiz auxiliar de Moraes no STF; Marco Antonio Martin Vargas e Airton Vieira, ambos desembargadores do TJ-SP e ex-juízes auxiliares do ministro no TSE. Todos são apontados pelo Departamento de Estado dos EUA como figuras próximas a Moraes em decisões consideradas abusivas no contexto das eleições de 2022 e das investigações sobre o 8 de janeiro.
A lista se completa com o ex-ministro da AGU, José Levi, que também teve o visto revogado. Levi foi secretário-geral da presidência do TSE durante a gestão de Moraes no tribunal. As medidas representam um agravamento nas relações entre Washington e Brasília, após o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, manifestar descontentamento com a condenação de Bolsonaro e prometer “respostas firmes” contra o que considera violações de direitos e perseguição política no Brasil.
 
             
         
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