Algumas das mulheres presas na "Operação Sapucaia" da Polícia Civil, que ocorreu na manhã de hoje em Jucurutu, fazem parte do Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte, organização criminosa que atua nos presídios e redutos de narcotráficos no estado.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da 51ª Delegacia de Polícia Civil (Jucurutu), deflagrou, nas primeiras horas desta sexta-feira (21), a “Operação Sapucaia”, com o objetivo de desarticular uma célula de uma facção criminosa com atuação nos crimes de homicídio, roubos e tráfico de drogas na região do Seridó Potiguar. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão.
As diligências foram realizadas simultaneamente em 11 municípios, sendo dez no Rio Grande do Norte – Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São Fernando, Tangará, Caicó, Jucurutu, Jardim de Piranhas, Florânia e Parelhas – e um na Paraíba: João Pessoa. Durante a operação, 14 pessoas foram presas, além da apreensão de aparelhos celulares; dinheiro fracionado; motocicleta que era utilizada para o tráfico, armas de fogo; porções de drogas como crack, maconha e cocaína, apetrechos para o tráfico de drogas e munições.
As investigações apontam que o grupo criminoso era liderado por um homem custodiado há dez anos em um presídio de segurança máxima de outro Estado. Mesmo encarcerado, ele mantinha o comando das ações criminosas, ordenando homicídios relacionados a disputas territoriais e cobranças de dívidas, além de controlar o tráfico de drogas em diversas cidades do estado.
A atuação policial contou com a participação de cerca de 200 policiais civis, oriundos da 3ª Delegacia Regional de Caicó, da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN), da Divisão de Polícia Civil do Oeste (DIVIPOE), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN).
O nome da operação faz alusão à árvore Sapucaia, cujo fruto apresenta coloração branca em seu interior, em referência à cocaína – principal entorpecente comercializado pela facção e centro das disputas internas do grupo, funcionando como o principal motor financeiro das atividades ilícitas.