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Brasil

Nova vacina contra bronquiolite será distribuída pelo SUS em novembro

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (10) a assinatura de acordos de transferência de tecnologia que permitirão ao Brasil produzir a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) e o medicamento natalizumabe, usado no tratamento da esclerose múltipla.

A iniciativa envolve parcerias entre o Instituto Butantan, a Pfizer e a Sandoz, e tem como objetivo fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do país de importações de insumos estratégicos.

Vacina contra o VSR chega ao SUS em novembro

O acordo prevê a entrega de 1,8 milhão de doses da vacina contra o VSR ainda em 2025. A distribuição gratuita começará na segunda quinzena de novembro, com prioridade para gestantes, a partir da 28ª semana de gestação, garantindo a proteção também dos recém-nascidos.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação tem potencial para prevenir 28 mil internações por ano. O vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos, além de provocar cerca de 20 mil hospitalizações anuais em bebês de até um ano de idade.

Entre 2018 e 2024, foram registradas 83 mil internações de prematuros por complicações associadas ao vírus, cuja taxa de mortalidade é sete vezes maior em comparação às crianças nascidas a termo.

Produção nacional de medicamento contra esclerose múltipla

Outra frente anunciada pelo governo é a produção do natalizumabe, indicado para a forma remitente-recorrente da esclerose múltipla, que afeta cerca de 85% dos pacientes com a doença.

Embora o SUS já ofereça o tratamento desde 2020, atualmente há apenas uma empresa com registro na Anvisa. Com a nova Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), o Butantan passará a dominar todo o processo de fabricação, do insumo farmacêutico ativo à formulação final, ampliando a concorrência e garantindo maior segurança no abastecimento.

A esclerose múltipla atinge aproximadamente 40 mil brasileiros, principalmente adultos jovens entre 18 e 55 anos.

Estratégia de fortalecimento do SUS

O anúncio foi feito durante a posse da nova diretoria da Anvisa, em Brasília. Segundo Padilha, os acordos fazem parte da estratégia do governo federal de investir R$ 57,4 bilhões em inovação e infraestrutura para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com a meta de que, em até dez anos, 70% das necessidades do SUS sejam supridas pela produção nacional.

“O Brasil passa a ter soberania tecnológica na saúde, garantindo vacinas e medicamentos de forma gratuita para a população e reduzindo a dependência externa”, afirmou o ministro.

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