O Partido Liberal (PL) protocolou representação no Conselho de Ética da Câmara contra o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias. A sigla acusa o parlamentar de abuso de autoridade e comunicação falsa de crime. A notícia é da coluna do Paulo Cappelli, no Metrópoles.
De acordo com o documento, Lindbergh teria utilizado sua posição para atacar parlamentares da oposição, especialmente integrantes do PL, de forma “pessoal, difamatória e desrespeitosa”.
O partido sustenta que as críticas feitas pelo petista extrapolaram o debate político e configurariam perseguição e tentativa de silenciar adversários ideológicos.
A iniciativa do PL foi motivada por ação movida por Lindbergh na Polícia Federal. Na ocasião, o deputado solicitou apuração contra um grupo de congressistas que participou de missão oficial nos Estados Unidos, acusando-os de conspirar contra ministros do STF.
A comitiva foi formada por Paulo Bilynskyj (PL-SP), Dr. Frederico (PRD-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Adriana Ventura (Novo-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Ricardo Salles (PL-SP), Caroline De Toni (PL-SC) e o senador Jorge Seif (PL-SC).
Na representação, o PL argumenta que não há provas que sustentem a denúncia apresentada à PF. Segundo o partido, isso caracterizaria o crime de “comunicação falsa de crime”, previsto no artigo 340 do Código Penal. A legenda também afirma que a investigação foi solicitada sem base legal ou indícios mínimos, o que configura abuso de autoridade nos termos do artigo 27 da Lei nº 13.869/2019.
O partido afirma que a viagem da comitiva teve caráter institucional e foi organizada pela Frente Parlamentar do Livre Mercado, com agenda centrada em segurança pública e liberdade econômica. Entre os compromissos oficiais, houve reuniões no Departamento de Estado dos Estados Unidos.
A representação apresentada ao Conselho de Ética aponta ainda o uso reiterado das redes sociais por parte de Lindbergh para publicar conteúdos considerados “falsos, difamatórios e desrespeitosos”, o que, segundo o PL, comprometeria o respeito entre parlamentares.
O partido solicita que o Conselho de Ética adote as providências cabíveis e avalie a conduta do deputado petista. Até a publicação desta reportagem, Lindbergh Farias não havia se manifestado publicamente sobre a representação.