Servidor de carreira do órgão, Alessandro Stefanutto assumiu a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em julho de 2023, no primeiro ano do governo Lula 3. Ele foi afastado do cargo em abril deste ano, após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) contra supostas fraudes para desvio de aposentadorias por meio de descontos não autorizados pelos beneficiários. O esquema foi revelado pelo Metrópoles.
A Farra do INSS
O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
O ex-presidente do INSS tem 54 anos e assumiu a presidência do órgão aos 52, com 24 anos de carreira. Antes de chegar ao topo da autarquia, ele foi procurador federal e diretor de Orçamento, Finanças e Logística.
Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13/11) durante operação da PF que investiga a Farra do INSS, o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Ele é alvo de um dos 10 mandados de prisão cumpridos nesta quinta, em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).